• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Violento incêndio passou perto de habitações

NFS

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Mar 7, 2009
Mensagens
1,101
Gostos Recebidos
0
Sesimbra. Parque de campismo com centenas de utentes teve de ser evacuado de emergência.
A população do Casal do Sapo, Sesimbra, viveu ontem uma tarde de angústia. As chamas já tinham circundado a urbanização, mas não com tanta força. Todas as mangueiras foram necessárias para proteger as casas.

Com o coração nas mãos, os populares arregaçaram as mangas e foram controlando as labaredas que acabaram por devastar muitos quilómetros de pinhal dos concelhos de Sesimbra e Seixal. O fogo cercou dezenas de casas, que acabaram por ser salvas devido à rega antecipada das residências.

"A gente não safa nada com uma mangueira. Mas a aflição é tanta que teve de ser", diz Vera Ramos, de 52 anos, temendo a propagação do fogo à sua residência.

"Senti-me mal de ver a minha casa em risco e não ver aqui bombeiros", desabafa também Ana Maria Passão, de 54 anos, enquanto a filha molha toda a zona envolvente à vivenda. "Já moro aqui há 20 anos e não vi nada assim", afirma.

A salvação da sua casa e da do vizinho foi um casal que se dirigia para Lisboa quando viu o início do fogo e decidiu alertar os moradores. "Fomos avisar as pessoas que estavam dentro de casa de que o fogo vinha a caminho", conta Luísa Andrade, que com o marido Joaquim, pegou em mangueiras e em baldes, retirou carros de garagens e até protegeu animais.

Quando o incêndio deflagrou, cerca das 16.30 horas, nada fazia prever que as chamas atingissem grandes proporções e devastassem uma área tão grande.
O vento forte ajudou a que o incêndio se propagasse rapidamente, deixando os bombeiros sem capacidade de resposta para tantas frentes activas.
Um forte dispositivo de combate a incêndios foi entretanto montado, tendo estado no terreno 231 homens, entre eles quatro da Força Especial de Bombeiros, 65 veículos e um helicóptero.

A primeira preocupação foi proteger uma fábrica e o Parque Verde das Fontainhas, um parque de campismo com centenas de residentes que teve de ser evacuado.

"Isto costuma acontecer todos os anos, mas não com esta dimensão nem tão próximo do parque. As labaredas eram do tamanho dos pinheiros. A nossa sorte foi não ter entrado lá dentro", contou ao JN Maria do Carmo Pires, de 39 anos, ainda a tentar recompor-se do susto.

As causas do incêndio, que foi circunscrito às 21.10 horas e que atingiu três armazéns abandonados, estão ainda a ser investigadas. Contudo, os populares não têm dúvidas de que foi fogo posto, uma vez que surgiram três focos de incêndio em zonas distintas. "Quem meteu o fogo sabe o que fez.
Aproveitaram-se deste vento. E apagar um fogo destes é muito difícil", diz Cipriano Jean, de 63 anos.

JN
 
Topo