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Luxos: ricos sentem-se culpados e têm remorsos

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GF Ouro
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Mai 27, 2007
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A crise tem os efeitos mais inesperados no dia-a-dia de todo o tipo de pessoas. Os mais abonados, que consomem produtos de luxo, não são excepção e nos dias que correm, discrição é a palavra de ordem. Tudo para não ferir susceptibilidades.

Se é verdade que a crise fez cair quase 15% o número de milionários no mundo (segundo dados da Merrill Lynch e da Capgemini), também é verdade que continuam a existir muitas pessoas com verdadeiras fortunas. Mas mesmo estas, estão menos extravagantes.

Está a nascer na «alta-roda» um novo hábito: estes clientes de luxo estão a pedir nas lojas onde fazem compras, que os itens adquiridos sejam colocados em sacos de papel sem marcas nem insígnias, para que quem os vê na rua não possa identificar a origem desses artigos.

Não exibir marcas caras

O objectivo, ao contrário do que se poderia pensar, não é evitar que outros vão ao mesmo sítio, comprar coisas iguais, para manterem alguma exclusividade, mas sim «esconder» o seu elevado poder de compra. Nesta altura de crise em que muita gente não tem dinheiro sequer para os bens de primeira necessidade, os consumidores de produtos de gama alta não querem «ferir susceptibilidades» com os seus excessos.

De acordo com o «Cinco Dias», que cita algumas fontes deste sector, acabaram os dias em que se consumia por consumir. E quem sai destas lojas de luxo, mostra mesmo alguns remorsos.

«Os clientes, por um sentimento de culpa, preferem levar as compras em sacos de papel sem marcas para não se exibirem», afirma Susana Campuzano, sócia da Luxury Advise.

Produtos clássicos e intemporais ganham terreno nesta fase

Mas esta não é a única alteração. Mesmo os clientes mais exclusivos das lojas de luxo estão a dar-se a menos caprichos e extravagâncias. Uma das tendências que se nota é que optam sobretudo pelos artigos mais clássicos das grandes marcas, que são mais intemporais e que não terão de ser trocados tão cedo.

Gloria Martín Martínez, directora de Marketing da Bang & Olufsen para Espanha, França, Portugal e Itália, diz que os prazos de compra estão a alargar. Os clientes demoram mais tempo a analisar o produto e «procuram o valor acrescentado do que querem comprar».

Clientes que se davam a pequenos luxos desapareceram

As marcas de luxo estão a ser penalizadas por esta crise, ao contrário do que costumava acontecer com outras crises, porque, desta vez, não são apenas as classes sociais mais baixas as afectadas. A classe média e sobretudo a alta, estão também a sentir os efeitos da recessão na pele, já que os seus investimentos se desvalorizaram e muitos perderam mesmo dinheiro com a crise financeira e a queda abrupta dos mercados. Outros ainda, viram cortadas as remunerações milionárias e os prémios chorudos suspensos.

Por isso mesmo, muitas marcas de prestígio referem que os compradores habituais, com elevado poder de compra, se mantêm, mas queixam-se que outro tipo de consumidor, está a desaparecer dos seus balcões. Um consumidor que, apesar de não ser de classe tão alta, podia dar-se a alguns luxos de vez em quando, que ajudou a impulsionar as vendas destas lojas nos último anos, mas que agora tem de voltar a assentar os pés na terra.

tvi24
 
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