Câmara admite investir na Asprela depois de projecto não ter resultado.
Há um ano que a Câmara do Porto desistiu das bicicletas gratuitas. Porém, a Autarquia está a analisar a hipótese de os velocípedes regressarem à cidade em 2010. População aprova ideia e pede bicicletas junto às praias.
Há três projectos que estão a ser estudados pela Câmara do Porto no sentido de fazer regressar as bicicletas gratuitas à cidade. "Dois foram sugeridos por empresas privadas (abrangendo a possibilidade de existirem bicicletas eléctricas), e um outro , que está numa fase inicial de apreciação, que inclui o uso de bicicletas no pólo universitário da Asprela", informou, ao JN, o engenheiro José Duarte, da Câmara do Porto.
O mesmo responsável explicou que esta proposta "será desenvolvida no âmbito do programa Civitas" - financiado pela União Europeia e destinado a promover políticas de desenvolvimento de um transporte mais limpo e melhor na cidade -, "apostando na partilha de bicicletas". "Falta ainda estudar quais as melhores estações para serem guardados os velocípedes", acrescentou.
Porém, o mesmo responsável adiantou que o projecto "terá uma filosofia diferente da iniciativa 'Pedalar', que a Autarquia, através da Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto, liderou de 2005 a Setembro do ano passado.
"No 'Pedalar', as bicicletas encontravam-se sedeadas no Complexo Desportivo do Monte Aventino, onde podiam ser requisitadas e entregues pelos utilizadores.
No entanto, "muitas das bicicletas foram-se degradando e outras nunca mais apareceram", contou José Duarte, sublinhando a necessidade de ser criado outro sistema de segurança. Ainda assim, durante o 'Pedalar' "foram realizadas cerca de 4100 requisições de velocípedes, somando mais de 500 utilizadores por ano", sublinhou o mesmo responsável.
Para a maioria da população, ouvida pelo JN, o regresso das bicicletas gratuitas à cidade do Porto "é uma óptima ideia". Da mesma forma, os aficionados dos velocípedes sugerem que "o melhor local para se levantarem as bicicletas é junto à praia".
Bruno Mota, residente na Foz do Douro, acredita que uma das razões do projecto "Pedalar" não ter resultado foi a "concentração de bicicletas no Monte Aventino". "Não me lembro sequer de vê-las", acrescentou.
Também Ana Borges Araújo é da opinião que "as bicicletas só fazem sentido junto à praia". "A cidade do Porto é muito a pique. Logo, um projecto destes só pode acontecer em zonas planas e onde o público possa igualmente desfrutar da vista. Estou farta de dizer ao meu marido que se tivesse uma bicicleta cá em baixo, junto ao mar, andava nela todos os dias", salientou.
Já Emília Neves referiu a zona junto ao Parque da Cidade como outro dos locais "privilegiados" para andar de bicicleta.
"Talvez se, desta vez, a Câmara atribuir um código a cada utilizador, passando as bicicletas a serem localizadas com uma espécie de GPS, elas não desapareçam", concluiu Filipa Teixeira, outra fã das bicicletas.
jn
Há um ano que a Câmara do Porto desistiu das bicicletas gratuitas. Porém, a Autarquia está a analisar a hipótese de os velocípedes regressarem à cidade em 2010. População aprova ideia e pede bicicletas junto às praias.
Há três projectos que estão a ser estudados pela Câmara do Porto no sentido de fazer regressar as bicicletas gratuitas à cidade. "Dois foram sugeridos por empresas privadas (abrangendo a possibilidade de existirem bicicletas eléctricas), e um outro , que está numa fase inicial de apreciação, que inclui o uso de bicicletas no pólo universitário da Asprela", informou, ao JN, o engenheiro José Duarte, da Câmara do Porto.
O mesmo responsável explicou que esta proposta "será desenvolvida no âmbito do programa Civitas" - financiado pela União Europeia e destinado a promover políticas de desenvolvimento de um transporte mais limpo e melhor na cidade -, "apostando na partilha de bicicletas". "Falta ainda estudar quais as melhores estações para serem guardados os velocípedes", acrescentou.
Porém, o mesmo responsável adiantou que o projecto "terá uma filosofia diferente da iniciativa 'Pedalar', que a Autarquia, através da Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto, liderou de 2005 a Setembro do ano passado.
"No 'Pedalar', as bicicletas encontravam-se sedeadas no Complexo Desportivo do Monte Aventino, onde podiam ser requisitadas e entregues pelos utilizadores.
No entanto, "muitas das bicicletas foram-se degradando e outras nunca mais apareceram", contou José Duarte, sublinhando a necessidade de ser criado outro sistema de segurança. Ainda assim, durante o 'Pedalar' "foram realizadas cerca de 4100 requisições de velocípedes, somando mais de 500 utilizadores por ano", sublinhou o mesmo responsável.
Para a maioria da população, ouvida pelo JN, o regresso das bicicletas gratuitas à cidade do Porto "é uma óptima ideia". Da mesma forma, os aficionados dos velocípedes sugerem que "o melhor local para se levantarem as bicicletas é junto à praia".
Bruno Mota, residente na Foz do Douro, acredita que uma das razões do projecto "Pedalar" não ter resultado foi a "concentração de bicicletas no Monte Aventino". "Não me lembro sequer de vê-las", acrescentou.
Também Ana Borges Araújo é da opinião que "as bicicletas só fazem sentido junto à praia". "A cidade do Porto é muito a pique. Logo, um projecto destes só pode acontecer em zonas planas e onde o público possa igualmente desfrutar da vista. Estou farta de dizer ao meu marido que se tivesse uma bicicleta cá em baixo, junto ao mar, andava nela todos os dias", salientou.
Já Emília Neves referiu a zona junto ao Parque da Cidade como outro dos locais "privilegiados" para andar de bicicleta.
"Talvez se, desta vez, a Câmara atribuir um código a cada utilizador, passando as bicicletas a serem localizadas com uma espécie de GPS, elas não desapareçam", concluiu Filipa Teixeira, outra fã das bicicletas.
jn