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Mata mulher a tiro e acerta em bebé

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Liliana regressava a casa de um passeio a Viana do Castelo. Mal saiu do carro, em Donelo do Douro, Sabrosa, anteontem à noite, foi atingida com três tiros de caçadeira pelo próprio marido, de quem estava separada há três semanas. Nem o facto de estar com a bebé de ambos ao colo, de apenas dez meses, demoveu José Manuel Melo Fernandes, madeireiro de 36 anos. Assassinou-a e ainda atingiu a filha.


Liliana, 26 anos, foi atingida no peito, mas ainda teve forças para salvar a pequena Viviana Graça, atingida com chumbos no peito por um dos três disparos efectuados pelo pai. Está internada em estado considerado "estável".

Após entregar a bebé à sua irmã, Liliana tentou escapar, mas tropeçou e caiu. João ainda a agrediu na cabeça à coronhada e fugiu. Ontem, às 12h30, entregou-se à GNR. A bebé está no Hospital São João, no Porto. Os outros dois filhos do casal, de apenas dois e cinco anos, estão entregues aos avós.

"Estava no quintal de casa escondido com a caçadeira, à nossa espera. Quando o carro parou, ele aproximou-se e começou a disparar mal abri a porta", diz ao CM Elias, irmão de Liliana.

" Eu estava na minha casa e ouvi um tiro. Vim cá fora, à casa da minha mãe e vi a minha irmã desesperada no muro a pedir para salvar ao menos a menina. Tirei-lhe a filha e foi quando levei o tiro na perna", relatou Raquel Silva, ainda em choque com os momentos que viveu.

Valentim Graça, padrasto de Liliana, não esconde a revolta pela barbaridade infligida à enteada pelo marido. "Ela estava deitada no chão quando ele lhe desfez a cabeça à coronhada. Depois fugiu", disse, com as lágrimas nos olhos.

A caçadeira do crime foi encontrada nas imediações pelas autoridades policiais, que procuraram o homicida durante a noite de ontem, até que este se entregou. José Fernandes é presente esta manhã pela Polícia Judiciária ao Tribunal de Sabrosa para ser ouvido em primeiro interrogatório judicial.

HOMICIDA PRESO NO BRASIL POR BATER EM LILIANA

Liliana Catarina tinha chegado há três semanas do Brasil, onde esteve dois anos emigrada com José, marido de há sete anos. "Foram os Serviços Sociais do Estado Brasileiro de Minas Gerais que a puseram no avião, depois do José ter sido preso por espancar a minha filha", contou ao CM Teresa Graça, mãe da vítima. " Ele ainda esteve três dias preso, no Brasil, e não sabemos como depois veio parar cá", disse.

Segundo a mãe de Liliana, a tormenta da filha às mãos do madeireiro de 36 anos durava há vários anos, devido aos frequentes maus tratos. "Mesmo grávida, quando a víamos marcada, ela desculpava--se e dizia ter caído", lembrou Teresa. Liliana, garante a progenitora, nunca denunciou os abusos de que era vítima porque o marido ameaçava de morte a sua filha de oito anos, fruto de outro casamento.

IRMÃ DA VÍTIMA ATINGIDA PARA SALVAR CRIANÇA

"Quem suporta tanta dor de ver a irmã ser morta assim, com esta crueldade?" A pergunta era ontem repetida vezes sem conta por Raquel Silva, com a dor estampada no rosto. A mulher que foi atingida num pé pelo cunhado, quando retirava a filha de Liliana do seu colo, não consegue esquecer os momentos dramáticos que viveu.

"A pequena Viviana chorava tanto. Coitadinha, foi atingida no peito, mas há-de se salvar", desabafou a mulher. A sobrinha de oito anos, fruto de outro casamento de Liliana, estava no carro e viu a mãe ser assassinada. "Está em choque e vai ser para a vida toda", lamenta.

PORMENORES

41 MULHERES MORTAS

Segundo a UMAR, 41 mulheres foram mortas em 2008 pelos seus companheiros. 30 por cento das vítimas sofrem maus tratos físicos e 20% são ameaçadas pelos agressores.

PORTIMÃO

Em Março passado, um homem matou a mulher com dez facadas, em frente à enteada, de apenas dez anos.

TOCHA

Em Janeiro deste ano, na vila de Tocha, um homem matou a companheira a golpes de pá.

CM
 

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Bebé de oito meses recupera de tiro do pai

O homem que no sábado matou a companheira a tiro de caçadeira, em Donelo, Sabrosa, vai aguardar julgamento em prisão preventiva. A medida de coacção foi-lhe aplicada, ontem, pelo Tribunal de Sabrosa depois de o ouvir em primeiro interrogatório.

José M. veio do Brasil, onde estava emigrado, para assassinar Liliana Santos, que há cerca de três semanas tinha regressado a Portugal. Vítima de violência doméstica continuada, Liliana, de 26 anos, apresentou queixa às autoridades brasileiras contra o companheiro, de 36. Foi detido por alguns dias enquanto ela era repatriada, juntamente com uma filha de ambos com oito meses, tendo escolhido a casa dos pais, em Donelo, para se esconder.

No sábado à noite, José M. emboscou-se atrás do portão de acesso à casa. Quando Liliana, na companhia de duas filhas e dos pais, regressaram de um excursão ao Minho, desferiu-lhe dois tiros de caçadeira (que era do pai) e ainda lhe esmagou o crânio à coronhada quando já jazia no chão, a alguns metros de casa. A seguir fugiu, mas viria a entregar-se na GNR de Sabrosa na manhã de domingo.

Viviane, a bebé que Liliana trazia ao colo, foi atingida no peito e no abdómen por um dos tiros e continua internada no Hospital de São João, no Porto, mas já livre de perigo. "Está bem. Hoje [ontem] já comeu uma papa", disse, ao JN, o avô, Valentim Graça, acrescentando que "em princípio ainda será sujeita a uma operação antes de regressar a casa". Raquel, a irmã de Liliana atingida por alguns chumbos nas pernas, está a recuperar em casa, mas socorre-se de muletas para caminhar.

Ontem, a família foi visitada pelos presidentes da Câmara de Sabrosa e da Junta de Covas do Douro para, juntamente com a Comissão de Protecção de Menores em Risco, avaliarem as condições dos órfãos: dois estão em casa dos avós maternos e outros dois na dos avós paternos, em Provesende. O funeral de Liliana realiza-se hoje, às 19 horas, no cemitério de Donelo.

jn
 
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