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"Três grandes" da banca nacional lucram mais 37% no semestre

Hdi

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Set 10, 2007
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"Research"

O BPI revela já amanhã as contas do semestre, sendo entre os "três grandes" do sector em Portugal aquele que deverá apresentar o maior aumento, em termos homólogos. Os lucros devem disparar mais de 900%. No global, BPI, BES e BCP preparam-se para apresentar resultados líquidos de pouco mais de 500 milhões.

A projecção é do UBS, que antecipa um crescimento de 36,8% nos lucros do sector, em Portugal. O BES é o banco que, segundo a equipa de "research" liderada por Ignacio Sanz, deverá apresentar o conjunto de "resultados mais sólidos", suportados por um crescimento de 24% na margem financeira.

"As receitas totais deverão crescer 5,6%, para 1.094 milhões de euros, suportadas no forte aumento das comissões e no 'trading'", sublinha o UBS, para quem, no semestre, o banco liderado por Ricardo Salgado deverá revelar lucros de 243,9 milhões de euros, uma quebra ligeira de 12,3% face ao período homólogo.

O BES será o único a apresentar uma redução nos lucros. Contudo conseguirá quase metade dos lucros totais dos "três grandes", estimados em 512 milhões de euros, mais 36,8% que no mesmo período do ano passado. Recorde-se que na primeira metade de 2008 o BPI e o BCP reconheceram elevadas imparidades com as participações cruzadas.

O reconhecimento de perdas levou o BPI a apresentar prejuízos no segundo trimestre, colocando o saldo dos primeiros seis meses em 9,1 milhões de euros. Este semestre, o banco liderado por Fernando Ulrich deverá apresentar o maior crescimento de lucros, de 912%, para 92,1 milhões de euros, crescimento "justificado pela ausência de imparidades, como em 2008 com o BCP".

"Não esperamos que os números do BPI tragam grandes surpresas. Estimamos um crescimento de 11,6% na margem financeira, uma quebra de 1,7% das receitas", revela o UBS na nota de "research" emitida ontem, a que o Negócios teve acesso. No mesmo documento sublinha que o BPI continua a "apresentar uma posição sólida, com um 'core capital' estimado de 8,2% e as necessidades de refinanciamento para 2009 totalmente cumpridas".

A debilidade de capital do BCP continua a centralizar os receios do UBS. "Depois do aumento de capital do BES, da venda do BFA por parte do BPI, e da fusão do Banif, o BCP surge como o único banco que necessita de reforçar o seu capital", sublinha o UBS. "Embora a venda de activos ajude, não afastamos a possibilidade de um aumento de capital dadas as dificuldades de capital no negócio da Polónia", conclui.

Sobre os resultados, o banco helvético também não se mostra muito entusiasmado. "Antecipamos que os lucros do BCP sejam fracos, com as receitas a permanecerem estáveis em termos homólogos, nos 1.379 milhões, e os resultados líquidos a cifrarem-se em 193 milhões (mais 89,9% que no ano passado, dado o impacto negativo extraordinário verificado no primeiro semestre de 2008)", destaca.

Ignacio Sanz aproveita a projecção para lançar o alerta: "há riscos de queda das estimativas para a totalidade de 2009", após a apresentação dos resultados dos primeiros seis meses, que será feita a 29 de Julho.

Neste sentido, e dado o "prémio" a que as acções do BCP estão a transaccionar face aos pares da Europa, o UBS manteve a recomendação de "vender" e o "target" de 0,50 euros para o BCP.

Jornal de Negócios
 
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