Marco Santos, de 28 anos, ia a casa da mãe, na Quinta do Lavrado, um dos bairros sociais das Olaias, em Lisboa. Eram 16h00 de ontem. Pela mão levava a filha de sete anos e, por isso, quando se preparava para entrar no prédio, não gostou de ver dois homens a queimar heroína em plena luz do dia. Criticou-os, mas a dupla não gostou.
Foram ao seu bairro de origem chamar amigos e familiares e voltaram para tirar satisfações. Contra cinco, Marco não teve hipótese: foi esfaqueado no pescoço – o corte atingiu uma artéria – e só por sorte não foi baleado. Está internado no Hospital de São José em estado grave. Os agressores regressaram ao Bairro Azul e escaparam.
'Eles estava a queimar ‘cavalo’. O Marco perguntou-lhes se não tinham mais sítio nenhum para estar a fazer aquilo, se gostavam que ele fosse fazer o mesmo para a porta de casa deles', contou ao CM a irmã da vítima. 'Começaram a discutir com o Marco, mas foram embora. Passados cinco minutos voltaram com mais cinco amigos e traziam uma pistola, um taco de basebol, pedras e paus', recorda a irmã.
Quando encontraram Marco, ainda à porta do prédio da mãe, 'dispararam sobre ele, mas falharam', disse pouco depois um morador ao CM. A vítima tentou fugir, mas 'caíram todos em cima dele'.
Marco Santos acabou prostrado no chão, depois de agredido violentamente e esfaqueado – ao que tudo indica com uma garrafa partida – no pescoço. 'O sangue não parava de jorrar. Cortaram uma veia ou uma artéria', garante a irmã.
Os agressores voltaram ao carro em que tinham chegado e regressaram ao Bairro Azul. No entanto, o medo de novos confrontos entre as comunidades dos dois bairros levou a PSP a mobilizar Equipas de Intervenção Rápida para o local .
Ao mesmo tempo, inspectores da secção de homicídios da Polícia Judiciária procuravam numa zona de mato a arma disparada pelos agressores. Nada foi encontrado. Da mesma forma, ninguém foi detido.
Ao final da tarde a polícia mantinha no local o reforço de efectivos, de forma a evitar mais confrontos ou actos de vingança.
VIOLENCIA VOLTA AOS BAIRROS
A Quinta do Lavrado é uma urbanização de 12 edifícios com 263 fogos, construída ao lado da antiga Curraleira, por detrás do cemitério do Alto de S. João. Em Abril, depois de confrontos entre moradores deste bairro e do bairro Portugal Novo – onde está integrado o Bairro Azul – ambos foram alvo de uma operação policial de grande envergadura, que resultou na detenção de sete pessoas por posse ilegal de armas e tráfico de droga. Nas buscas domiciliárias realizadas foram apreendidos um silenciador, três armas de fogo, 200 munições e cocaína para cerca de 600 doses.
PORMENORES
MEDO DE RETALIAÇÃO
Na Quinta do Lavrado todos dizem saber quem são os agressores, mas ninguém divulga nomes por 'medo que eles voltem'. Pela mesma razão, nenhum dos moradores e familiares contactados pelo ‘CM’ quis ontem ser identificado.
TIROS FALHADOS
Segundo o CM apurou, Marco Santo terá sido alvo de seis disparos de arma de fogo. No entanto, nenhum dos projécteis acertou no alvo.
Foram ao seu bairro de origem chamar amigos e familiares e voltaram para tirar satisfações. Contra cinco, Marco não teve hipótese: foi esfaqueado no pescoço – o corte atingiu uma artéria – e só por sorte não foi baleado. Está internado no Hospital de São José em estado grave. Os agressores regressaram ao Bairro Azul e escaparam.
'Eles estava a queimar ‘cavalo’. O Marco perguntou-lhes se não tinham mais sítio nenhum para estar a fazer aquilo, se gostavam que ele fosse fazer o mesmo para a porta de casa deles', contou ao CM a irmã da vítima. 'Começaram a discutir com o Marco, mas foram embora. Passados cinco minutos voltaram com mais cinco amigos e traziam uma pistola, um taco de basebol, pedras e paus', recorda a irmã.
Quando encontraram Marco, ainda à porta do prédio da mãe, 'dispararam sobre ele, mas falharam', disse pouco depois um morador ao CM. A vítima tentou fugir, mas 'caíram todos em cima dele'.
Marco Santos acabou prostrado no chão, depois de agredido violentamente e esfaqueado – ao que tudo indica com uma garrafa partida – no pescoço. 'O sangue não parava de jorrar. Cortaram uma veia ou uma artéria', garante a irmã.
Os agressores voltaram ao carro em que tinham chegado e regressaram ao Bairro Azul. No entanto, o medo de novos confrontos entre as comunidades dos dois bairros levou a PSP a mobilizar Equipas de Intervenção Rápida para o local .
Ao mesmo tempo, inspectores da secção de homicídios da Polícia Judiciária procuravam numa zona de mato a arma disparada pelos agressores. Nada foi encontrado. Da mesma forma, ninguém foi detido.
Ao final da tarde a polícia mantinha no local o reforço de efectivos, de forma a evitar mais confrontos ou actos de vingança.
VIOLENCIA VOLTA AOS BAIRROS
A Quinta do Lavrado é uma urbanização de 12 edifícios com 263 fogos, construída ao lado da antiga Curraleira, por detrás do cemitério do Alto de S. João. Em Abril, depois de confrontos entre moradores deste bairro e do bairro Portugal Novo – onde está integrado o Bairro Azul – ambos foram alvo de uma operação policial de grande envergadura, que resultou na detenção de sete pessoas por posse ilegal de armas e tráfico de droga. Nas buscas domiciliárias realizadas foram apreendidos um silenciador, três armas de fogo, 200 munições e cocaína para cerca de 600 doses.
PORMENORES
MEDO DE RETALIAÇÃO
Na Quinta do Lavrado todos dizem saber quem são os agressores, mas ninguém divulga nomes por 'medo que eles voltem'. Pela mesma razão, nenhum dos moradores e familiares contactados pelo ‘CM’ quis ontem ser identificado.
TIROS FALHADOS
Segundo o CM apurou, Marco Santo terá sido alvo de seis disparos de arma de fogo. No entanto, nenhum dos projécteis acertou no alvo.
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