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Pilotos usavam voos da TAP para o tráfico

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Primeiro foi um comissário de bordo da TAP apanhado em Fevereiro com 5,5 quilos de cocaína na bagagem. Na terça-feira mais dois elementos do mesmo grupo foram caçados pela PJ assim que aterraram na Portela. Tinham 15 quilos da mesma droga. Horas mais tarde, foram presos, em Cascais e Oeiras, os outros três elementos do grupo que há pelo menos um ano tirava partido da condição profissional dos seus membros para traficar do Brasil para Portugal.


Para lá do comissário de bordo da TAP – despedido em Fevereiro quando estava em prisão preventiva – o grupo era composto por dois pilotos e uma assistente de bordo. Estes últimos não trabalhavam para a TAP, mas utilizaram voos da transportadora aérea para trazer droga do Brasil para Portugal.

De acordo com fonte da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, a rede usava principalmente os voos da TAP para o Brasil, mas também houve casos em que a tripulação estava ao serviço de outras companhias associadas à transportadora portuguesa.

A mesma fonte acrescenta que os detidos aproveitaram voos fora de trabalho para o efeito, mas continuavam a usar o estatuto profissional para iludir eventuais controlos alfandegário e policial. Os outros dois detidos estavam desempregados e eram usados como ‘correios’.

Contactada pelo CM, fonte oficial da TAP admitiu que 'apenas o comissário de bordo agora detido esteve nos quadros da empresa, mas a TAP nada tem que ver com estes factos'.

DROGA VALIA MAIS DE UM MILHÃO

Sem querer explicitar de que forma esta rede distribuía a droga trazida do Brasil em elevado estado de pureza, os responsáveis da Polícia Judiciária admitem que o grupo 'procedia à sua comercialização na zona do Estoril e Cascais'.

Segundo o CM apurou, parte seria vendida nas ruas depois de ‘cortada’ – método em que a cocaína é misturada com outros produtos inócuos aumentando substancialmente o lucro dos traficantes –, mas outra parte destinar-se--ia a abastecer festas privadas ligadas à alta sociedade e algumas discotecas da moda. Os detidos residiam todos nos concelhos de Oeiras e Cascais e, quando em Portugal, 'movimentavam-se em círculos elevados', adianta fonte policial. Seriam os outros dois correios – homens desempregados – quem trataria da distribuição fora desses círculos. Recorde-se que a cocaína apreendida, mais de 20 quilos, valeria quase um milhão de euros no mercado, antes de ser cortada.

TRIPULAÇÕES SEM QUALQUER FISCALIZAÇÃO

Contactada pelo CM, fonte policial colocada no Aeroporto da Portela alertou para a ausência de qualquer fiscalização às tripulações dos aviões que aterram em Lisboa. 'Não há qualquer fiscalização quer a pilotos, quer ao restante pessoal de bordo. As tripulações têm os próprios canais de saída e, excepto em casos de denúncia ou suspeitas da Alfândega, ninguém mostra o que tem nas malas, independentemente de ser bagagem de mão ou de porão', afirma a fonte. 'Aliás, no caso da TAP e de outras companhias associadas, há canais próprios que até há algum tempo tinham um elemento da Alfândega a fiscalizar, mas que foram retirados desses locais. Não vejo qualquer dificuldade de um piloto ou assistente de bordo introduzir droga no País.' O mesmo se passa nas partidas.

PORMENORES

MALAS NORMAIS

Para não dar nas vistas, os traficantes 'usavam malas absolutamente normais' no transporte da droga. Não houve qualquer tentativa de dissimulação.

CURTA CARREIRA

Os seis detidos têm todos entre 26 e 42 anos e os que trabalhavam tinham iniciado a carreira há menos de seis anos. Quatro são homens e duas mulheres.

AVIÕES EM ALTA

Segundo a PJ, a via aérea continua a ser a mais utilizada para fazer entrar cocaína na Europa.

CM
 
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