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Idosos burlados em série com reforma e notas novas

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Mai 27, 2007
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Cinco vítimas em menos de 24 horas, em casos ocorridos em Chaves, Santa Maria da Feira e Vagos.

Apresentam-se como sendo da Segurança Social e exigem dinheiro a pretexto de trocar as notas, anunciar aumentos de reforma ou medicamentos grátis. Sâo vigaristas e ladrões. Fizeram mais cinco vítimas em 24 horas.

Faltavam pouco mais de dez minutos para o meio-dia. Alexandre da Silva Freitas, de 80 anos, tinha vindo do campo. Estava exausto. Sentou-se um pouco no sofá a ver televisão. O irmão, Justo, de 78 anos, acabara de abrir a porta do pátio quando se deparou com um carro parado na rua , em Lamadarcos, Chaves.

"'Como se chama. E o seu irmão está em casa? Vá chamar por ele'. Foram as primeiras coisas que me disseram", recorda Justo. Sem hesitar, o septuagenário, subiu as escadas e chamou pelo irmão. Ao chegar ao pé do carro, um dos indivíduos, cumprimentou-o e disse-lhe que falasse com o outro "doutor". Alexandre assim fez. Pensava que eram "os engenheiros dos terrenos". "Perguntou-me se eu era o senhor Alexandre e disse que tinha uma novidade para me dar, que a reforma ia aumentar 20%. E depois tirou da carteira uma nota de 50 euros, outra de 20 e outra de cinco e disse que iam acabar", diz Alexandre.

Antes de levar o indivíduo para casa, o octogenário desconfiou. "Eu ainda lhe disse : 'Anda para aí tanto vigarista no mundo'. Mas ele zangou-se: 'Não me ofenda. Sabe com quem está a falar? Com um doutor!', respondeu-me logo".

Alexandre ficou convencido. "Fui buscar o dinheiro e pus-lho ali na mesa como gente grande. Em molhos de mil euros. Eram dez.", recorda. Entretanto, o indivíduo disse ao idoso que necessitava do seu Bilhete de Identidade. Alexandre foi buscá-lo a outra divisão. Quando regressou, o homem desaparecera. Só aí se apercebeu que fora burlado. Aflito, foi à varanda e perguntou ao irmão pelos indivíduos. Tarde de mais. Já tinham arrancado. "Malditos!", desabafou. O irmão, que ficou na rua com o outro indivíduo, lamentava não saber que o irmão lhe dera o dinheiro. "Se adivinho, não o deixava sair, não!".

Uma hora antes, os mesmos dois homens, presume-se, burlaram uma idosa de Vidago, também no concelho de Chaves. Segundo o filho, João Salgado, tê-la-ão encontrado na rua e perguntado quantas reformados havia no bairro. "A minha mãe informou-os e eles foram-lhe com a conversa que eram da Segurança Social e que havia notas que iam caducar e que já tinham trocado algumas a outras vizinhas. Ora ela, não teve mais nada, foi-lhes buscar o dinheiro", recorda João Salgado. No entanto, já depois de lhe entregar as suas poupanças, a idosa ter-se-á apercebido da burla. "Ela ainda lhes disse: 'Ah!, ladrões! Vou gritar. Mas eles arrancaram-lhe o fio de ouro do pescoço e disseram-lhe que gritasse à vontade".

Segundo João Salgado, os dois indivíduos deslocavam-se num Honda Civic Verde. Em Lamardarcos, os dois idosos também referenciaram um carro verde.

Centenas de quilómetros a sul, na Rua Romana, em Lourosa, Santa Maria da Feira, menos de 24 horas antes, o golpe da Segurança Social repetiu-se. "Estava a preparar o almoço quando um homem bem vestido entrou de repente pela cozinha. Até fiquei a tremer toda quando o vi", recorda a vítima, uma mulher, de 85 anos, que não quis identificar-se por temer represálias. "Sabia o meu nome e que eu era viúva. Disse-me que ia receber mais dinheiro da minha reforma e que os medicamentos passariam a ser gratuitos", explicou. De acordo com a octogenária, o homem disse-lhe que fosse de imediato buscar o dinheiro que tinha da reforma. "Percebi logo que era para me roubar e não disse nada com medo", recorda. O homem apoderou-se de 850 euros e saiu.

"Fugiu num carro branco com outro homem que estava à entrada do portão", recorda a vítima afirmando que ficou com tanto medo que nem conseguiu gritar por socorro. "Fiquei sem dinheiro nenhum e ainda por cima tenho o meu filho desempregado", lamentou-se.

Mas a coisa não ficaria por aqui. Horas depois, em Salgueiro, Vagos, uma mulher, de 80 anos, caía de novo na esparrela das notas em vias de sair de circulação. Entregou descontraidamente 500 euros. Não recebeu nada em troca e o falso funcionário fugiu.

JN
 
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