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Casa de Roquette alvo de buscas

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A casa de Lisboa de José Roquette, ex-presidente do Sporting, foi alvo de buscas no âmbito das investigações ao caso BPN, por uma equipa de inspectores da Polícia Judiciária, da Administração Tributária e de magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).


A acção, desencadeada no final da semana passada, visou a recolha de documentos sobre a venda do Grupo Pleiade, detido então em 85% por José Roquette e em 15% por Dias Loureiro, ao Grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN), então presidida por Oliveira e Costa, no final de 2000.

Ao que o CM apurou, os investigadores suspeitam de que a venda da Pleiade à SLN terá envolvido o pagamento de comissões ilegais a Dias Loureiro. Desde logo porque o contrato diz que 'o dr. José Roquette é o único dono e legítimo titular de quatro milhões de acções'.

A aquisição da Pleiade custou ao Grupo SLN 58 milhões de euros, segundo o contrato celebrado entre José Roquette e a SLN. Por esta operação, Dias Loureiro diz que recebeu 8,25 milhões de euros, referentes à sua participação de 15 por cento no capital.

Dias Loureiro disse ontem ao CM que 'já mostrou tudo ao procurador' Rosário Teixeira, que está a investigar o caso BPN. O CM tentou falar com José Roquette, mas em sua casa disseram que estava de férias e que não era possível contactá-lo.

'ACÇÕES ESTAVAM EM MEU NOME'

Dias Loureiro garante que 'as acções da Pleiade [15%] estavam em meu nome'. E precisou: 'Para a formalização do contrato ser mais fácil eu vendi-lhe as acções a ele [José Roquette]'. Dias Loureiro frisou ainda que 'ele [Roquette] só me pagou as acções quando recebeu o dinheiro da SLN'.

OLIVEIRA E COSTA RECEBIDO EM CASA POR MULHER E FILHA

Quando na quinta-feira à noite, já passava das 21h00, Oliveira e Costa entrou em casa, na Av. Álvares Cabral, tinha uma surpresa à sua espera: a mulher, Maria Yolanda Rodrigues Alves, e a filha, Yolanda Maria, aguardavam o ex--presidente do Grupo BPN/SLN. O filho, José Augusto, não estava presente por estar ausente do País.

Oliveira e Costa regressou a casa após oito meses de detenção no Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária. Com a saúde fragilizada, o ex-presidente do Grupo BPN/SLN irá ser acompanhado pela família. E pode ser visitado por familiares e amigos.

Enquanto esteve detido no Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária, Oliveira e Costa 'passava dias e dias a ler', conta fonte conhecedora do caso. E, precisa a mesma fonte, 'lia até às três e quatro da manhã', a ponto de 'ler em média 12 horas por dia'.

O ex-presidente do Grupo BPN/SLN aproveitou para fazer leituras sobre 'Filosofia, Religião e Economia'. A maioria dos livros era da biblioteca da prisão, mas os filhos também lhe levaram algumas obras.

Oliveira e Costa foi detido a 20 de Novembro de 2008, três semanas após o Governo ter anunciado a nacionalização do BPN. Constituído arguido no âmbito do caso BPN, está acusado da prática dos crimes de burla agravada, branqueamento de capitais. Agora, está em prisão domiciliária.

PORMENORES

PRISÃO PREVENTIVA

O ex-presidente do BPN está a aguardar julgamento desde 21 de Novembro de 2008, um dia depois de ter sido constituído arguido no processo.

ARGUIDOS

As investigações no âmbito do BPN levaram à constituição de seis arguidos, entre eles o ex-ministro da Saúde Arlindo Carvalho.

BURACO

O buraco na instituição financeira agora nacionalizada atinge os 1800 milhões de euros.

FRASES

DIAS LOUREIRO, EX CONSELHEIRO DE ESTADO

'Isto [Pleiade] interessa-me por vários motivos, sobretudo para o levar para lá comigo. Eu não tenho um número dois e você fazia-me um jeitão.'

'A Pleiade [foi] vendida à SLN por 11 milhões de contos e a minha parte por 1,65 milhões de contos. '

OLIVEIRA E COSTA, EX-PRESIDENTE DO BPN

'Nos contactos em privado com o dr. Dias Loureiro nunca lhe foi prometido o lugar de vice-presidente do Grupo.'

'De ambas as vezes perguntou-me [Dias Loureiro] se o Grupo SLN estaria disponível para tomar uma posição na Pleiade.'

NOTAS

BANCO DE PORTUGAL: CHUMBO

O Banco de Portugal arquivou o plano do grupo Orey para salvar o BPP depois das declarações do ministro das Finanças, recusando dar garantias do Governo, um dos pressupostos iniciais.

PRIVADO HOLDING: ESPERANÇA

A Privado Holding mantém esperança numa solução para salvar o BPP, mesmo depois do arquivamento do plano Orey pelo Banco de Portugal: isso pode até criar condições para a reanálise.

JOÃO RENDEIRO: ARGUIDO

João Rendeiro, fundador do BPP, já foi ouvido pelo Ministério Público e constituído arguido, tendo ficado com Termo de Identidade e Residência. Está incontactável.
António Sérgio Azenha
 

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Jà começa a ser muita gente séria metida nisto...:shy_4_02:
 
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