Matapitosboss
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O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, ordenou o fechamento de um centro de detenção que não respeitava os direitos dos acusados, informou a imprensa local, citando o secretário do Conselho Supremo da Segurança Nacional, Said Jalili.
Funcionários de organizações de direitos humanos afirmam que vários manifestantes detidos durante os protestos por fraude nas eleições presidenciais de 12 de junho foram mortos nesta prisão.
A decisão de Khamenei --que vem em meio à críticas da oposição pelas prisões-- foi tida como a confirmação dos temores sobre o tratamento concedido às centenas de pessoas presas durante as manifestações contra a reeleição do ultraconservador presidente, Mahmoud Ahmadinejad.
Ahmadinejad foi reeleito com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.
A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e centenas de presos.
O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.
Segundo várias fontes, o número de detidos no protesto chega a 2.000. Cerca de 500 continuam detidas, segundo a agência Associated Press. Entre os detidos, estão jovens, políticos reformistas, ativistas de direitos humanos e advogados.
A oposição reclama há semanas que muitos dos detidos estão em prisões secretas, não têm contato com a família e passaram por tortura para que confessassem serem responsáveis pelos distúrbios.
Mousavi afirmou nesta segunda-feira que até mesmo o sistema judiciário não tem acesso a estes prisioneiros. "Todos os departamentos da inteligência aos Basij afirmam que os presos não têm relação com eles. De onde eles vieram? Eles vieram de Marte? Quem acredita nisso?", questionou o reformista;
"Eu tenho certeza que nem o judiciário é capaz e não tem direito de visitar muitas prisões para perguntar por detalhes", completou.
A agência iraniana Irna afirma que o fechamento da prisão foi devido a "pressões ilegais em alguns detidos dos distúrbios pós-eleição".
Com France Presse e Associated Press
[in' Folha Online]
Funcionários de organizações de direitos humanos afirmam que vários manifestantes detidos durante os protestos por fraude nas eleições presidenciais de 12 de junho foram mortos nesta prisão.
A decisão de Khamenei --que vem em meio à críticas da oposição pelas prisões-- foi tida como a confirmação dos temores sobre o tratamento concedido às centenas de pessoas presas durante as manifestações contra a reeleição do ultraconservador presidente, Mahmoud Ahmadinejad.
Ahmadinejad foi reeleito com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.
A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e centenas de presos.
O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.
Segundo várias fontes, o número de detidos no protesto chega a 2.000. Cerca de 500 continuam detidas, segundo a agência Associated Press. Entre os detidos, estão jovens, políticos reformistas, ativistas de direitos humanos e advogados.
A oposição reclama há semanas que muitos dos detidos estão em prisões secretas, não têm contato com a família e passaram por tortura para que confessassem serem responsáveis pelos distúrbios.
Mousavi afirmou nesta segunda-feira que até mesmo o sistema judiciário não tem acesso a estes prisioneiros. "Todos os departamentos da inteligência aos Basij afirmam que os presos não têm relação com eles. De onde eles vieram? Eles vieram de Marte? Quem acredita nisso?", questionou o reformista;
"Eu tenho certeza que nem o judiciário é capaz e não tem direito de visitar muitas prisões para perguntar por detalhes", completou.
A agência iraniana Irna afirma que o fechamento da prisão foi devido a "pressões ilegais em alguns detidos dos distúrbios pós-eleição".
Com France Presse e Associated Press
[in' Folha Online]