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Assalta carrinha e leva dez minutos a escapar

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RoterTeufel

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Sintra: Roubo às 11h30 na avenida mais movimentada da Agualva
Assalta carrinha e leva dez minutos a escapar

Não se intimidou com as largas dezenas de pessoas que às 11h30 de ontem passavam na avenida mais movimentada de Agualva, Sintra. Sem hesitar, o homem com cerca de 30 anos, armado, assaltou uma carrinha de transporte de valores junto ao BPI da avenida dos Bons Amigos, perto da PSP.



Testemunhas relataram ao CM que "o homem esteve meia hora encostado à dependência bancária a aguardar pela carrinha. Depois, calmamente, meteu o capuz, tirou a pistola do bolso, encostou-a à barriga do funcionário e obrigou-o a entregar o saco."

Mas o mais insólito estava para acontecer. Com o dinheiro na mão, o homem montou-se na moto em que ia fugir, mas esta "não pegou". Segundo testemunhas, foram precisos "mais de dez minutos" até o assaltante sair do local. Apesar do contratempo, nenhum agente da PSP apareceu no local. E a esquadra fica a menos de 250 metros.

Também nenhuma das testemunhas interferiu. "Eu nem me mexi. Ele não feriu ninguém, apenas tirou o saco cheio de dinheiro. Não arrisco a levar um tiro na cabeça", disse a testemunha.

PRISÃO DE GANGS FAZ BAIXAR NÚMERO DE ROUBOS

Em 2008 registaram-se 50 assaltos a carrinhas de transporte de valores – 39 foram consumados – que causaram prejuízos na ordem dos três milhões de euros. No entanto, a detenção nos últimos meses de vários grupos violentos ligados a esses assaltos tem feito baixar o número de ocorrências registadas pelas autoridades. Exemplo disso é o gang preso em Junho pela Unidade Nacional Contra Terrorismo da PJ, suspeito de ter feito mais de dez assaltos na área da Grande Lisboa.

Dados do Banco de Portugal revelam que nos últimos dez anos Portugal passou de dois ataques a carrinhas de valores em 1998 para 83 ataques em 2007 e os valores roubados de 174 730 € para 2 668 723 €. Apenas nos últimos três anos o valor destes furtos ultrapassou os 8,3 milhões de euros.

"O FUNCIONÁRIO ENTREGOU O SACO PARA NÃO LEVAR UM TIRO"

Ao que o CM apurou, o assaltante não precisou de fazer muitas ameaças para obter o que pretendia. "O ladrão mal abriu a boca. Mal sentiu a arma encostada ao corpo, o funcionário entregou logo o saco do dinheiro para não levar um tiro", disseram testemunhas. As vítimas, por sua vez, recusaram-se a prestar quaisquer declarações ao nosso jornal.

O assalto foi concretizado em poucos minutos: o funcionário vinha a falar ao telemóvel e foi abordado junto à porta do banco quando ia a entrar, não se apercebendo de que um homem estava junto ao banco a enfiar um capuz. Segundo as mesmas testemunhas, o ladrão não utilizou luvas mas teve o cuidado de não tocar na porta nem na vítima. Desconhece-se o valor roubado.

PORMENORES

SEM CAPACETE

O assaltante saiu do local sem capacete e não utilizou luvas durante o roubo. Várias pessoas que estavam a passar viram-lhe a cara.

DOIS FUNCIONÁRIOS

Na carrinha que foi assaltada seguiam dois funcionários, mas apenas um foi alvo das ameaças dos ladrões.

PJ INVESTIGA

A investigação do caso está agora entregue à Unidade Nacional contra o Terrorismo da Polícia Judiciária.
 
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