• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Fusão Resioeste/Valorsul pode comprometer metas reciclagem

Amorte

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Mai 27, 2007
Mensagens
7,461
Gostos Recebidos
0
Três associações ambientalistas vão pedir à Agência Europeia de Ambiente para avaliar a política de resíduos portuguesa, por considerarem que a aposta na incineração prevista na fusão da Resioeste e Valorsul põe em causa o cumprimento das metas da reciclagem.
“Vamos na próxima semana pedir à Agência Europeia de Ambiente para avaliar a política de resíduos urbanos portuguesa”, revelou hoje à Lusa Pedro Carteiro, dirigente da Quercus, falando em nome das associações que integram a Plataforma Ambiental de Oposição ao processo de fusão dos dois sistemas.

Em comunicado divulgado hoje, a Plataforma alertou que Portugal “vai comprometer o cumprimento das metas de reciclagem a nível nacional”.

Após a fusão da Resioeste e Valorsul, o novo sistema será o maior do país, sendo responsável por 20 por cento da produção nacional de resíduos, 80 por cento dos quais vão ter como destino a incineração.

Os ambientalistas defenderam que, ao contrário da proposta de fusão, deveria haver um maior investimento na recolha selectiva e o lixo indiferenciado deveria passar por um sistema de tratamento mecânico e biológico, através do qual é possível desviar para reciclagem entre 60 a 80 por cento dos resíduos.

Em estas soluções, o Ministério do Ambiente está a contribuir para um "forte retrocesso nas políticas de promoção da reciclagem”.

Segundo a plataforma, as cerca de 100 mil toneladas que vão passar a ser incineradas “iriam impedir o cumprimento das metas comunitárias” de reciclagem das embalagens, do plástico e do papel/cartão.

Segundo as contas da Plataforma, no caso do plástico, está previsto que o futuro sistema venha a reciclar 7,6 mil toneladas de resíduos em 2018, quando para 2011 as metas nacionais apontam já para 18 mil toneladas.

Em relação ao papel/cartão, estima-se que sejam recicladas 26,9 mil toneladas em 2018, enquanto os objectivos de Portugal já para 2011 são de 39 mil.

As metas para a reciclagem das embalagens também ficam também aquém, uma vez que em 2018 a proposta aponta para 80,8 mil toneladas, quando em 2011 se deveria reciclar 115 mil.

Ao aterro do Oeste chegam anualmente 200 mil toneladas, mas o local está obrigado pela União Europeia a receber apenas 140 mil, pelo que passou a enviar resíduos para a Amarsul, aumentando os custos em mais de um milhão de euros e as tarifas cobradas aos municípios.

Com a fusão, 100 mil toneladas de resíduos passam a ser incineradas, reduzindo assim as quantidades de resíduos no aterro do Oeste e a tarifa dos municípios, que passa de 38,49 euros/tonelada para 20,85.

Diário Digital / Lusa
 
Topo