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Empresa burla milhares com falsos empregos

Amorte

GF Ouro
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Uma empresária e uma solicitadora foram detidas, ontem, sexta-feira, pela Polícia Judiciária por suspeitas de burlas com promessas de trabalho no estrangeiro, sobretudo em Angola. Foram identificados 80 queixosos, mas o número pode atingir três mil.

Uma das mulheres, de 52 anos, era a dona da sociedade unipessoal "Moredo Prestige", na Rua de Santa Catarina, Porto. A outra (solicitadora), de 51 anos, era "mandatária" com poderes de representação da firma. Interrogadas no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, ambas saíram em liberdade, sujeitas a apresentações periódicas à Polícia.

Através de anúncios em jornais, publicitavam a procura de candidatos a empregos no estrangeiro, desde o último trimestre do ano passado. As ofertas incidiam em Angola e na área da construção civil. Mas também houve casos em que os destinos seriam França, Suíça, Bélgica, Canadá e Argélia, sendo as limpezas e os trabalhos na área da decoração outras actividades possíveis.

Atraídos pela promessa de trabalho com ordenados chorudos (cerca de cinco mil euros), os candidatos - muitos desempregados de todo o país, mas principalmente do Norte e outros que deixaram os empregos que tinham - teriam de desembolsar antecipadamente quantias entre 500 e 600 euros. Uma verba que serviria para "inscrição", "exames médicos" e "seguro".

Só que, afinal, segundo a PJ do Porto, as mulheres nunca arranjaram trabalho para ninguém. Em alguns casos, terá sido dada a justificação de já não haver vagas e ter de ser avaliada a hipótese de outros países.

Perante o logro, as reclamações ganharam volume ao ponto de os trabalhadores se juntarem à porta da sede e obrigarem à chamada da PSP, por causa de tumultos.

Até agora, há 80 vítimas identificadas e uma estimativa de lucro ilícito de 65 mil euros. Mas, soube o JN, a documentação recolhida aponta já para que os lesados sejam mil e há testemunhos credíveis que atiram esse número para os três mil .

Perante estes indícios, a PJ partiu para buscas e detenção das mulheres. As duas têm antecedentes também por suspeitas de burla. A empresária chegou a estar em prisão preventiva.

Além das duas mulheres, neste processo foi já constituída a empresa, que iniciou a sua actividade no último trimestre do ano passado. No momento das detenções, a firma ainda estava a laborar, embora já não nas instalações da Rua de Santa Catarina. Pela investigação foram também detectados negócios relacionados com obras de arte e jóias.

jn
 

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GF Ouro
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Suspeitas de burlas já tinham enganado lojas de decoração

As duas mulheres detidas anteontem, sábado, pela PJ, por supostamente terem enganado milhares de pessoas com falsos empregos, estão a ser investigadas por burlas em série com artigos de decoração, também no Porto.

O caso foi noticiado pelo JN em Setembro de 2008, quando começaram a surgir as primeiras queixas contra uma "engenheira", de Mogadouro, e uma mulher que a acompanhava. Vários comerciantes da área da decoração, do Porto e de Gaia, dizem ter sido burlados pelas mulheres.

Setembro é também o mês apontado pela Polícia Judiciária (PJ) para o início de actividade da firma "Moredo Prestige", na Rua de Santa Catarina, no Porto, através da qual milhares de pessoas terão sido enganadas com a promessa de colocação em empregos no estrangeiro, sobretudo em Angola. À frente da "Moredo" estaria a mesma "engenheira", que passou a ser "empresária" e a mesma amiga, agora "solicitadora" e "mandatária com poderes de representação da firma", que fechou em Março último, depois de protestos dos lesados à porta.

A mudança de ramo, apurou o JN, coincidirá com a forma de actuação das suspeitas. Logo que um esquema era descoberto e as pessoas começavam a queixar-se, as mulheres mudavam de "negócio" e de local. Outras situações semelhantes estão a ser investigadas, envolvendo as mesmas suspeitas que, recorde-se, foram detidas pela PJ e libertadas por um juiz de instrução criminal, mediante proposta do Ministério Público, sujeitas apenas a apresentações periódicas e sem terem sido sequer obrigadas ao pagamento de qualquer caução.

A história que enganou vários comerciantes de artigos de decoração nem era muito convincente. Mas uma lojista lesada contou ao JN, na ocasião, que "a engenheira era bem falante" e "metia as pessoas no coração". A mulher começava por dizer que tinha uma fortuna num banco suíço, mas problemas burocráticos atrasavam uma transferência de 150 mil euros.

Ora acontecia que a "engenheira" queria fazer, com urgência, uma grande obra de decoração e não tinha disponível a totalidade do dinheiro necessário. Ainda assim, como prova de boa-fé, adiantava uma quantia em dinheiro. Conquistada a confiança dos comerciantes, passava a pagar em cheques pré-datados compras avultadas.

Apenas uma das vítimas terá sido lesada em 32 mil euros. Obviamente que o dinheiro da Suíça nunca chegava. Os artigos eram revendidos e as mulheres ficavam com o dinheiro.

JN
 
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