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Prestação da casa pode cair 150 euros em Agosto

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Euribor a 3 e a 6 meses, as mais usadas, estão próximas de 1%, o valor mais baixo de sempre

Imparáveis, as taxas de juro pagas nos créditos à habitação continuam a baixar para níveis nunca vistos. Agosto trará novas e boas notícias a todos quantos vejam a taxa do seu empréstimo ser revista.

O valor dos indexantes mais usados nos créditos à habitação, as Euribor a 6 e a 3 meses, caiu para perto de metade desde a última revisão dos empréstimos vinculados a estas taxas. Em consequência, o valor das prestações que todos os meses os bancos retiram das contas à ordem das famílias também tem caído, dando uma folga financeira bem-vinda em tempo de crise e desemprego.

Nas simulações feitas pelo JN, quem tem um empréstimo de 200 mil euros - feito por 35 anos com um spread de 1%, indexado à Euribor a 6 meses e cuja taxa seja revista no mês de Agosto - passou o último meio ano a pagar 831 euros, por mês. Agora, pagará 684, menos quase 150 euros mensais.

Se assim fosse durante os 35 anos, esta família teria pago menos quase 62 mil euros, em larga medida devido à queda dos juros: o valor da Euribor a 6 meses aplicada a este crédito era de 2,54% (valor de referência de Janeiro) mais o spread; agora, a Euribor que estará na base do cálculo do juro é a média de Julho - de 1,21%, menos de metade face a Janeiro.

O cálculo é semelhante para quem tem um crédito indexado à Euribor a 3 meses, nas mesmas condições do exemplo anterior. A taxa paga até Julho era de 1,41% o que, acrescido do spread, resultava numa prestação de 706 euros; a revisão de Agosto baixará o juro para 0,97%, caindo a mensalidade para 659 euros,menos 47 euros por mês ou 20 mil no fim do crédito.

A descida dos juros tem tanto maior impacto quanto mais recentes são os créditos. A prestação divide-se em duas partes: uma vai devolvendo ao banco o dinheiro pedido e outra paga juros. Nos primeiros anos, a maior fatia serve para pagar juros, pelo que qualquer mexida na taxa tem muito maior impacto do que nos últimos anos de vida.

A descida da Euribor está sobretudo ligada a uma maior tranquilidade na Banca e à descida da taxa directora pelo Banco Central Europeu, de 1%, quando ainda há um ano estava nos 4,25%. A descida vertiginosa deste ano é justificada pela crise económica e pela baixa - ou até negativa - inflação.

Com a descida dos juros, o BCE espera incentivar empresas e famílias a consumir, mas, com a taxa directora a um nível já tão baixo, há cada vez menos margem de manobra para novas descidas com grande impacto. E o BCE já disse que este valor se vai manter nos próximos meses.

jn
 
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