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PSD: Não há lugares para opositores

maioritelia

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Uma vassourada no grupo parlamentar fazendo regressar alguns dos nomes do cavaquismo é o que parece pretender fazer a líder do PSD ao afastar os opositores internos das listas de candidatos, que levou para aprovação do Conselho Nacional, de ontem, terça-feira, à noite.

Ao rejeitar as candidaturas de Pedro Passos Coelho e do seu principal apoiante nas eleições internas, Miguel Relvas, Manuela Ferreira Leite assume que não está disponível para dar lugares de deputados aos seus opositores. De saída está também Pedro Pinto, um santanista, habitualmente candidato por Lisboa.

Em contrapartida, a líder vai recuperar o nome de Pacheco Pereira, para Santarém, o distrito de onde Miguel Relvas é originário e pelo qual tem sido eleito deputado nas últimas seis legislaturas, ou seja, há mais de 20 anos. Além disso, antigos ministros dos governso de Cavaco Silva surgem em posições de destaque, nomeadamente João de Deus Pinheiro, a encabeçar a lista de Braga, e Couto dos Santos, à frente dos candidatos de Aveiro.

Para encabeçar a lista de Vila Real, a escolha recaiu em Montalvão Machado, um dos vice-presidente da actual bancada, que não integrava a proposta de lista da Distrital do Porto, o seu círculo de origem.

À hora de fecho desta edição, ainda decorria, em ambiente quente, a reunião do Conselho Nacional, onde Ferreira Leite justificou as opções que tomou para a elaboração das listas. E ouviu os protestos de muitos dirigentes distritais que não gostaram de ver alteradas as listas aprovadas localmente (ver texto ao lado). Das ausências, apenas foi notada a de Rui Rio, que está de férias.

Ao JN, Passos Coelho recusou fazer qualquer comentário ao seu anunciado afastamento da lista, mas deixou claro que pretendia ouvir a justificação da líder. E à entrada para a reunião do Conselho Nacional disse que pessoalmente não teme "revezes", mas aconselhou o partido a abrir-se à sociedade.

Também à chegada à reunião, Miguel Relvas desabafou que "há mais vida para além do Parlamento", ao mesmo tempo que garantia não ter dúvidas, "ao contrário de outros", de que vai votar no PSD, ou seja, em Pacheco Pereira".

As notícias das opções da líder foram sendo conhecidas ao longo do dia de ontem por via "oficiosa". Nenhum dirigente do partido aceitou confirmar oficialmente qualquer dos nomes que foram surgindo, na sequência dos encontros que Manuela Ferreira Leite teve, nos últimos dois dias, com os representantes das estruturas locais do partido. Aliás, à entrada para a reunião, os membros da Comissão Política, que tinham estado reunidos ao princípio da noite, mantiveram o silêncio. Só Marques Guedes, o secretário-geral, falou aos jornalistas para declarar que a opção revelada nas listas "não é de Manuela Ferreira Leite, é de toda a Comissão Política Nacional".

A opção da liderança foi também a de incluir gente nova, pouco conhecida. O Porto é exemplo disso: dos primeiros 15 nomes, oito fazem a sua estreia. Mas a grande novidade no distrito é a inclusão do deputado Miguel Frasquilho no segundo lugar (o primeiro é Aguiar Branco). É também o único "elemento de fora", comentou, a propósito, o líder distrital, Marco António Costa. O antigo secretário de Estado das Finanças de Ferreira Leite e porta-voz do PSD para a Economia fará oposição directa ao ministro Teixeira dos Santos, que é o número dois na lista do PS pelo Porto. A terceira na lista é Raquel Coelho, de Paredes. E o filho de Luís Filipe Menezes, que foi mandatário para a Juventude de Passos Coelho, desceu do quinto lugar, proposto pela Distrital, para oitavo
fonte:jn
 
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