A editora do jornal «The Post», da Zâmbia, foi presa por ter enviado fotografias a algumas autoridades do país que alertavam para o caso de uma mulher a dar à luz sem ajuda de profissionais, por se encontrarem de greve.
Em vez de reconhecida por mostrar a situação de desespero no sector de saúde, provocada pela greve dos profissionais da área, Chansa Kabwela, editora do «The Post», vai a julgamento, correndo o risco de ser condenada até cinco anos de prisão, por distribuir material pornográfico e atentar contra a moral pública, considerado crime na Zâmbia.
A jornalista recebeu duas fotografias de uma mulher que deu à luz um bebé por conta própria, depois de ter sido recusada ajuda em duas clínicas. O bebé acabou por morrer sufocado sem assistência médica a tempo e horas, em pleno hospital central de Lusaka, a capital do país.
Kabwela decidiu não publicar as fotografias, mas sim enviá-las a grupos de direitos humanos e a autoridades, entre elas o ministro da saúde e o vice-presidente zambiano, segundo noticia a «BBC».
O «The Post» é referido pelos críticos como sendo um jornal que frequentemente publica reportagens de situações de corrupção no país.
«Culpam o mensageiro porque não gostaram da mensagem»
Indignado com a situação e já tendo demonstrado algum desapreço pelo jornal, o presidente da Zâmbia, Rupiah Banda, pediu uma investigação contra a jornalista.
Um porta-voz da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que representa profissionais da imprensa em mais de 120 países, acusou Rupiah Banda de criar um «bode expiatório» para desviar a atenção da actual situação da saúde que se vive no país.
«Estamos chocados pelas acusações erróneas lançadas contra a nossa colega. Ela fez um julgamento perfeitamente ético de alertar as autoridades para a crise na saúde pública», adiantou o porta-voz da FIJ, Gabril Baglo.
«O governo quer fazer da imprensa um bode expiatório para levar a culpa pelo terrível estado de saúde na Zâmbia. Eles culpam o mensageiro porque não gostaram da mensagem», disse o porta-voz.
TVI24
Em vez de reconhecida por mostrar a situação de desespero no sector de saúde, provocada pela greve dos profissionais da área, Chansa Kabwela, editora do «The Post», vai a julgamento, correndo o risco de ser condenada até cinco anos de prisão, por distribuir material pornográfico e atentar contra a moral pública, considerado crime na Zâmbia.
A jornalista recebeu duas fotografias de uma mulher que deu à luz um bebé por conta própria, depois de ter sido recusada ajuda em duas clínicas. O bebé acabou por morrer sufocado sem assistência médica a tempo e horas, em pleno hospital central de Lusaka, a capital do país.
Kabwela decidiu não publicar as fotografias, mas sim enviá-las a grupos de direitos humanos e a autoridades, entre elas o ministro da saúde e o vice-presidente zambiano, segundo noticia a «BBC».
O «The Post» é referido pelos críticos como sendo um jornal que frequentemente publica reportagens de situações de corrupção no país.
«Culpam o mensageiro porque não gostaram da mensagem»
Indignado com a situação e já tendo demonstrado algum desapreço pelo jornal, o presidente da Zâmbia, Rupiah Banda, pediu uma investigação contra a jornalista.
Um porta-voz da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que representa profissionais da imprensa em mais de 120 países, acusou Rupiah Banda de criar um «bode expiatório» para desviar a atenção da actual situação da saúde que se vive no país.
«Estamos chocados pelas acusações erróneas lançadas contra a nossa colega. Ela fez um julgamento perfeitamente ético de alertar as autoridades para a crise na saúde pública», adiantou o porta-voz da FIJ, Gabril Baglo.
«O governo quer fazer da imprensa um bode expiatório para levar a culpa pelo terrível estado de saúde na Zâmbia. Eles culpam o mensageiro porque não gostaram da mensagem», disse o porta-voz.
TVI24