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Teses à venda por 1500 euros

cRaZyzMaN

GF Ouro
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A venda de trabalhos académicos, monografias e teses de mestrado não tem parado de crescer e é cada vez mais profissional.400a 500 euros é o preço habitualmente cobrado por uma monografia.1500 euros é quanto pode custar a compra de uma tese de mestrado.


Carolina acabou a licenciatura há quatro anos e não planeia fazer o mestrado. Mas se tudo fosse transparente no crescente e obscuro negócio da venda de trabalhos académicos, o seu nome já devia constar em dezenas de teses. E "nas mais variadas áreas", admite. Desde a Psicologia, em que é formada, até à Sociologia, passando pela Enfermagem e até pela Informática.

Recém-licenciada e sem conseguir encontrar emprego, Carolina, 28 anos, decidiu em 2005 anunciar na Internet os seus serviços de "apoio" à realização de trabalhos para cadeiras, monografias e teses de mestrado - as mais trabalhosas, mas também as mais lucrativas.

Na prática, contudo, dá muito mais do que uma ajuda. Faz quase tudo, menos o trabalho de campo. "Os alunos fazem entrevistas ou aplicam inquéritos, entregam-me esse material e eu trabalho a partir daí. Faço a análise qualitativa, ou seja, a parte do pensamento, que é o principal da tese. Mas às vezes faço também a parte teórica e todas as pesquisas com base na Internet ou nos livros que os alunos me dão. Quando faço isso tudo, mais a conclusão, acabo por seu eu a fazer a tese (de mestrado) toda", admite.

Como a maior parte das pessoas neste mercado, não gosta de falar nos preços cobrados. Alega que variam muito e dependem "da exigência e do empenho" que os alunos lhe pedem. Até porque "há pessoas que ambicionam uma boa nota e outras que só querem passar". Ainda assim, lá vai dizendo que uma tese de mestrado "pode chegar aos 1500 euros se implicar o trabalho todo".

"Do mais comum que há"

O negócio é rentável, mas já correu melhor. "A concorrência é cada vez maior e, por isso, estou a receber menos contactos", lamenta. A verdade é que há cada vez mais pessoas dedicadas a este mercado. E de uma forma cada vez mais profissional. Carla (nome fictício) é um bom exemplo. É responsável por uma microempresa, onde uma equipa de cinco pessoas produz trabalhos académicos em áreas tão diferentes como Sociologia, Gestão, Economia ou Farmácia. Sempre com "confidencialidade absoluta". "Uma vez um professor viu o nosso anúncio na Net e ligou-me, fazendo-se passar por um aluno para ver se vendíamos mesmo os trabalhos prontos. No fim identificou-se e disse que o que fazíamos não era ético e estava muito errado. O senhor devia ser de outro planeta porque isto é do mais comum que há", diz sem qualquer prurido.

Uma simples pesquisa na net comprova-o. Poucos minutos bastam para encontrar quem apregoe os mesmos serviços. "Fazem-se trabalhos académicos com o máximo rigor e com a correcção prévia de um docente da área", garante um anúncio. "Se precisa da minha ajuda, basta mandar o tema, assim como as regras impostas ao trabalho", refere outro.
Graças a este tipo de publicidade colocada na Net, Ana Ferreira, 26 anos, não se pode queixar de falta de procura. Todas as semanas faz, em média, dois trabalhos académicos e também "ajuda" na realização de teses de mestrado, ainda que garanta nunca ter feito nenhuma completa.

No final, os alunos costumam enviar-lhe um e-mail a contar a nota que tiveram. "Ainda não tive maus resultados", diz. Ana confirma que a oferta destes serviços não tem parado de crescer porque muitos, como ela, não conseguem encontrar emprego quando deixam a faculdade. E há sempre quem, por preguiça, falta de tempo ou incapacidade, esteja disposto a comprar o trabalho.

Em fóruns consultados por muitos estudantes universitários encontram-se vários anúncios de alunos desesperados. "Compro tese de mestrado na área da gerontologia social. Preço a negociar", anuncia um estudante. "Compro urgente tese final de licenciatura em assistência social", diz outra.

Vasco (nome fictício), recém-licenciado em Informática de Gestão, confessa já ter pago por um trabalho. A cadeira de Inteligência Artificial do último ano do curso ameaçava ficar pendurada quando o professor pediu como trabalho de grupo um projecto de programação, matéria em que ele e os três colegas não estavam "nada à vontade". Um programador conhecido acabou por resolver o problema. A troco de €200. "No final, tirou umas horas para nos explicar o que tinha feito e como. Graças a esse briefing fizemos a apresentação sem que o professor desconfiasse. E tivemos 18, o que seria impensável se fôssemos nós a fazer", conta.


@ Expresso
 

maria botte

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tese

Mandam me o vosso contacto, também estou interessada nos vossos serviços. obrigada



A venda de trabalhos académicos, monografias e teses de mestrado não tem parado de crescer e é cada vez mais profissional.400a 500 euros é o preço habitualmente cobrado por uma monografia.1500 euros é quanto pode custar a compra de uma tese de mestrado.


Carolina acabou a licenciatura há quatro anos e não planeia fazer o mestrado. Mas se tudo fosse transparente no crescente e obscuro negócio da venda de trabalhos académicos, o seu nome já devia constar em dezenas de teses. E "nas mais variadas áreas", admite. Desde a Psicologia, em que é formada, até à Sociologia, passando pela Enfermagem e até pela Informática.

Recém-licenciada e sem conseguir encontrar emprego, Carolina, 28 anos, decidiu em 2005 anunciar na Internet os seus serviços de "apoio" à realização de trabalhos para cadeiras, monografias e teses de mestrado - as mais trabalhosas, mas também as mais lucrativas.

Na prática, contudo, dá muito mais do que uma ajuda. Faz quase tudo, menos o trabalho de campo. "Os alunos fazem entrevistas ou aplicam inquéritos, entregam-me esse material e eu trabalho a partir daí. Faço a análise qualitativa, ou seja, a parte do pensamento, que é o principal da tese. Mas às vezes faço também a parte teórica e todas as pesquisas com base na Internet ou nos livros que os alunos me dão. Quando faço isso tudo, mais a conclusão, acabo por seu eu a fazer a tese (de mestrado) toda", admite.

Como a maior parte das pessoas neste mercado, não gosta de falar nos preços cobrados. Alega que variam muito e dependem "da exigência e do empenho" que os alunos lhe pedem. Até porque "há pessoas que ambicionam uma boa nota e outras que só querem passar". Ainda assim, lá vai dizendo que uma tese de mestrado "pode chegar aos 1500 euros se implicar o trabalho todo".

"Do mais comum que há"

O negócio é rentável, mas já correu melhor. "A concorrência é cada vez maior e, por isso, estou a receber menos contactos", lamenta. A verdade é que há cada vez mais pessoas dedicadas a este mercado. E de uma forma cada vez mais profissional. Carla (nome fictício) é um bom exemplo. É responsável por uma microempresa, onde uma equipa de cinco pessoas produz trabalhos académicos em áreas tão diferentes como Sociologia, Gestão, Economia ou Farmácia. Sempre com "confidencialidade absoluta". "Uma vez um professor viu o nosso anúncio na Net e ligou-me, fazendo-se passar por um aluno para ver se vendíamos mesmo os trabalhos prontos. No fim identificou-se e disse que o que fazíamos não era ético e estava muito errado. O senhor devia ser de outro planeta porque isto é do mais comum que há", diz sem qualquer prurido.

Uma simples pesquisa na net comprova-o. Poucos minutos bastam para encontrar quem apregoe os mesmos serviços. "Fazem-se trabalhos académicos com o máximo rigor e com a correcção prévia de um docente da área", garante um anúncio. "Se precisa da minha ajuda, basta mandar o tema, assim como as regras impostas ao trabalho", refere outro.
Graças a este tipo de publicidade colocada na Net, Ana Ferreira, 26 anos, não se pode queixar de falta de procura. Todas as semanas faz, em média, dois trabalhos académicos e também "ajuda" na realização de teses de mestrado, ainda que garanta nunca ter feito nenhuma completa.

No final, os alunos costumam enviar-lhe um e-mail a contar a nota que tiveram. "Ainda não tive maus resultados", diz. Ana confirma que a oferta destes serviços não tem parado de crescer porque muitos, como ela, não conseguem encontrar emprego quando deixam a faculdade. E há sempre quem, por preguiça, falta de tempo ou incapacidade, esteja disposto a comprar o trabalho.

Em fóruns consultados por muitos estudantes universitários encontram-se vários anúncios de alunos desesperados. "Compro tese de mestrado na área da gerontologia social. Preço a negociar", anuncia um estudante. "Compro urgente tese final de licenciatura em assistência social", diz outra.

Vasco (nome fictício), recém-licenciado em Informática de Gestão, confessa já ter pago por um trabalho. A cadeira de Inteligência Artificial do último ano do curso ameaçava ficar pendurada quando o professor pediu como trabalho de grupo um projecto de programação, matéria em que ele e os três colegas não estavam "nada à vontade". Um programador conhecido acabou por resolver o problema. A troco de €200. "No final, tirou umas horas para nos explicar o que tinha feito e como. Graças a esse briefing fizemos a apresentação sem que o professor desconfiasse. E tivemos 18, o que seria impensável se fôssemos nós a fazer", conta.


@ Expresso
 

rodrigocruz

GF Bronze
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Bem só posso dizer que lamento esta notícia. Este “negócio” já existe a muito, era uma grande aposta do pessoal das Índias lol, agora esta a pegarrrrrrr em Portugal.

Acho que a grande mais-valia de poder frequentar uma licenciatura, Mestrado, (…) é os conhecimentos que retiramos. Posso dizer que foi cansativo, mas deu-me enorme prazer quando terminei as minhas.

Quem recorre a estes métodos são pessoas que a única coisa que interessa são os títulos académicos (Uma real treta, Dr. Eng. Mestre Doutor), enfim...

Mas como sempre cada um é que sabe de si…..
 

maar3amt

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Infelizmente nos dias que correm, com dinheiro consegue-se quase tudo...
 

cRaZyzMaN

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Se for algo bem feito e sem erros até que nem é caro
 

Fonsec@

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Acho que o que esta aqui em causa não é o preço mas sim a seriedade e habilitações de quem faz isto.

Depois dizem que são a geração mais qualificada e que não tem emprego e isto e aquilo, pudera são uma cambada de batoteiros que nem as qualificações dizem ter na realidade tem.

O barrete só serve a quem o enfia...
 

mjtc

GF Platina
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Isto tudo é o resultado da má formação de conhecimentos, ou seja, carência de uma boa leitura que abrangem o mundo em geral: cultura geral!

São estes meninos que ostentam títulos académicos nos seus empregos, que gostam de pavonear-se perante a população, e respondam de forma ridícula a perguntas simples postas nos programas de TV.

Porque os verdadeiros doutores, são apenas individuos que cultivam desde a infância e adolescência, o hábito de leitura, o gosto por documentários, vivendo um ambiente cultural. É claro que, com esses conhecimentos, permitem melhorar ainda mais quando ingressam no ensino superior.

Quantos casos de pessoas que independentemente da sua escolaridade ser baixa ou alta, apresentam uma cultura razoável????

O conhecimento é muito importante para a formação do individuo!
 

mlcalves

GF Ouro
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As pessoas são diferentes mas é fundamental que não esqueçam os bons valores. Seriedade e honestidade é algo que prezo muito.
 

novato nisto

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É triste... mas enfim. Contudo faz-me alguma confusão tudo isto... o meu filho apresentou a tese de mestrado e depois teve que ir defende-la perante um júri e garanto-vos que foi bem apertado, se não estivesse bem preparado não se tinha safado. Suponho que dependa de universidade para universidade.
Cumps
 
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