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Rua em terra batida há 30 anos

maioritelia

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É uma rua sem saída, metade em terra batida, metade em paralelos. Chama-se Rua da Granja, fica em Lordelo do Ouro, Porto, e há muito que é alvo de pedidos de repavimentação. A Câmara diz que não tem planos para isso.

"A rua é um caos", é assim que fala Maria Helena Gradis, residente há mais de 30 anos naquela via portuense. A razão é simples: durante esse período de tempo lutou, lado a lado com vizinhos e presidente da Junta, por ver a rua arranjada. Sem êxito. E pela resposta que a Câmara deu ao JN assim vai continuar.

O pavimento irregular afecta o dia-a-dia de moradores. Maria Celeste dos Santos invoca a sua idade avançada para apontar dificuldades em andar na rua, estreita mas muito concorrida: pedras e terra não são o melhor chão para se pisar quando "se é idoso".

Maria Celeste e o marido, André dos Santos, vivem na Rua da Granja há 73 anos e lembram que no tempo em que não circulavam tantos carros naquela artéria a rua "estava melhor".

Aliás, é o movimento automóvel, sobretudo à noite ["Há quem venha por aqui dar a volta e deixar nuvens de pó"], que também incomoda Maria Helena Gradis. A sua casa fica no final da rua sem saída, junto a um largo com vegetação que atrai uma vegetação que atrai bicharada.

Além disso, os moradores queixam-se que a rua é procurada para prostituição e para consumo de drogas durante a noite. "A nossa sorte é que os lixeiros dão uma volta e apanham os preservativos e agulhas para que as crianças possam brincar à vontade", afirma Maria Helena, receosa pela segurança dos filhos. Dos seus e dos outros.

O que mais revolta os queixosos é que próximo da Rua da Granja está previsto um investimento de 970 mil euros em requalificação. Só que estas obras far-se-ão, pela mão da Câmara do Porto, na Rua das Condominhas. A intervenção abrange o alargamento da faixa de rodagem e dos passeios, a criação de baías de estacionamento organizadas e a a aplicação de lancis de granito que delimitam a via dos passeios. O prazo de execução está estimado em 270 dias.

Segundo Pinho da Costa, presidente do Conselho de Administração da empresa municipal de Gestão de Obras Públicas, os trabalhos na Rua das Condominhas deverão começar no final de Setembro, "dependendo das burocracias", uma vez que o concurso dos empreiteiros para a obra só encerra no final deste mês.

Mas a Rua da Granja, paralela à das Condominhas, não está inserida no projecto. Disse ao JN aquele responsável, tal como os serviços m unicipais já tinham dito a Maria Helena Gradis, há mpouco mais de uma semana.

Há, no entanto, informações a reter no caso da Rua da Granja e que foram avançadas por Pinho da Costa, depois de ter recebido uma comunicação do pelouro do Urbanismo: os trabalhos de pavimentação daquela artéria deverão ser efectuados pelo promotor de uma urbanização privada que está construído junto à rua da polémica.
jn
 
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