Os artistas portugueses acabaram por estar em destaque na terceira noite do Sudoeste 2009. Mariza e Deolinda foram responsáveis pelas actuações mais aplaudidas no Palco TMN. Já o Tigerman Paulo Furtado, abandonou, em protesto, o Palco Planeta Sudoeste logo após a primeira música.
Depois de, segundo a organização, o recinto ter recebido cerca de 35 mil pessoas no primeiro dia «a sério» do Sudoeste, a afluência de público foi visivelmente mais reduzida nesta sexta-feira.
Nada que tenha impedido o brasileiro Carlinhos Brown de tentar trazer a alegria e calor da sua música à Herdade da Casa Branca. Também os noruegueses Madcon quiseram aquecer os ânimos ao som do seu hip hop, especialmente com o single «Beggin».
Mas foi Mariza quem conseguiu a atenção maior do público na estreia do fado no palco principal do Sudoeste. Se o ano passado fez-se silêncio na tenda secundária para ouvir Camané, desta vez o fado ascendeu à categoria de espectáculo rock e não faltaram as palmas e os assobios de agrado.
A cantora apresentou temas do mais recente trabalho - como «Rosa Branca» e «Beijo de Saudade» -, contou com o coro da assistência em «Ó Gente da Minha Terra», recebeu Tito Paris em palco e surpreendeu muitos com uma versão de «Hedonism», dos Skunk Anansie, já no encore.
De casaco de cabedal sobre um longo vestido verde, e puxando pelo público em várias ocasiões, Mariza encarnou bem o papel de rock star sem descurar na emoção com que interpreta o fado. E venceu o desafio.
A terceira noite do 13º Sudoeste TMN foi também marcada pelos atrasos em relação aos horários previstos. Tanto Deolinda como Róisín Murphy subiram aos respectivos palcos largos minutos depois da hora marcada. Mas, enquanto que no Palco TMN «Fado Toninho» e «Fon Fon Fon» levaram à festa, já a actuação da ex-Moloko no Planeta Sudoeste deixou muito a desejar.
Visivelmente grávida, e de pijama de cetim, Róisín apresentou-se em formato DJ set. A tenda, inicialmente cheia de gente, acabou por esvaziar assim que a paciência dos fãs começou a esgotar-se. Sem brilho nem energia, a irlandesa teve ainda de lidar com problemas técnicos que só lhe dificultaram a vida. Para esquecer.
Enquanto isso, Ana Bacalhau foi contadora e cantadeira de histórias no palco principal. A Deolinda trouxe a mesinha com os retratos de família e decorou as munições de som com bordados.
Houve dançarinas havaianas, empregadas de balcão e uma mini banda filarmónica. Houve fado mais (ou menos) tradicional, ritmos tropicais e um final especial com «Movimento Perpétuo Associativo». Após a crítica ao «deixa para depois» bem português, a banda saiu de cena e reapareceu no cimo de um velho autocarro já no meio do público. Uma cena que teria sido impossível caso o recinto estivesse cheio.
Tigerman abandona palco
De volta ao palco secundário, a curiosidade era muita para a primeira amostra ao vivo do novo disco do alter ego de Paulo Furtado, The Legendary Tigerman. «Femina» conta com participações exclusivamente femininas e Rita Redshoes e Cláudia Effe (Micro Audio Waves) tinham encontro marcado com o habitual one man band.
Porém, o concerto não durou mais do que alguns minutos. Logo após o primeiro tema, «Thirteen», Paulo ameaçou abandonar o palco caso o volume da música vinda do espaço Groovebox, mesmo ali ao lado, não baixasse. O set de Amê, Schwarz e Dixon continuou inalterado e Paulo Furtado, irritado com a falta de condições, cancelou o seu espectáculo em protesto contra «o desrespeito pelos artistas».
Quantos aos Zero 7, o conjunto inglês estreou ao vivo as novas faixas de «Yeah Ghost», a editar em Setembro. Mas o desconhecimento do público em relação aos novos temas resultou em flop e a noite terminou bem mais calma do que se esperava.
iol
Depois de, segundo a organização, o recinto ter recebido cerca de 35 mil pessoas no primeiro dia «a sério» do Sudoeste, a afluência de público foi visivelmente mais reduzida nesta sexta-feira.
Nada que tenha impedido o brasileiro Carlinhos Brown de tentar trazer a alegria e calor da sua música à Herdade da Casa Branca. Também os noruegueses Madcon quiseram aquecer os ânimos ao som do seu hip hop, especialmente com o single «Beggin».
Mas foi Mariza quem conseguiu a atenção maior do público na estreia do fado no palco principal do Sudoeste. Se o ano passado fez-se silêncio na tenda secundária para ouvir Camané, desta vez o fado ascendeu à categoria de espectáculo rock e não faltaram as palmas e os assobios de agrado.
A cantora apresentou temas do mais recente trabalho - como «Rosa Branca» e «Beijo de Saudade» -, contou com o coro da assistência em «Ó Gente da Minha Terra», recebeu Tito Paris em palco e surpreendeu muitos com uma versão de «Hedonism», dos Skunk Anansie, já no encore.
De casaco de cabedal sobre um longo vestido verde, e puxando pelo público em várias ocasiões, Mariza encarnou bem o papel de rock star sem descurar na emoção com que interpreta o fado. E venceu o desafio.
A terceira noite do 13º Sudoeste TMN foi também marcada pelos atrasos em relação aos horários previstos. Tanto Deolinda como Róisín Murphy subiram aos respectivos palcos largos minutos depois da hora marcada. Mas, enquanto que no Palco TMN «Fado Toninho» e «Fon Fon Fon» levaram à festa, já a actuação da ex-Moloko no Planeta Sudoeste deixou muito a desejar.
Visivelmente grávida, e de pijama de cetim, Róisín apresentou-se em formato DJ set. A tenda, inicialmente cheia de gente, acabou por esvaziar assim que a paciência dos fãs começou a esgotar-se. Sem brilho nem energia, a irlandesa teve ainda de lidar com problemas técnicos que só lhe dificultaram a vida. Para esquecer.
Enquanto isso, Ana Bacalhau foi contadora e cantadeira de histórias no palco principal. A Deolinda trouxe a mesinha com os retratos de família e decorou as munições de som com bordados.
Houve dançarinas havaianas, empregadas de balcão e uma mini banda filarmónica. Houve fado mais (ou menos) tradicional, ritmos tropicais e um final especial com «Movimento Perpétuo Associativo». Após a crítica ao «deixa para depois» bem português, a banda saiu de cena e reapareceu no cimo de um velho autocarro já no meio do público. Uma cena que teria sido impossível caso o recinto estivesse cheio.
Tigerman abandona palco
De volta ao palco secundário, a curiosidade era muita para a primeira amostra ao vivo do novo disco do alter ego de Paulo Furtado, The Legendary Tigerman. «Femina» conta com participações exclusivamente femininas e Rita Redshoes e Cláudia Effe (Micro Audio Waves) tinham encontro marcado com o habitual one man band.
Porém, o concerto não durou mais do que alguns minutos. Logo após o primeiro tema, «Thirteen», Paulo ameaçou abandonar o palco caso o volume da música vinda do espaço Groovebox, mesmo ali ao lado, não baixasse. O set de Amê, Schwarz e Dixon continuou inalterado e Paulo Furtado, irritado com a falta de condições, cancelou o seu espectáculo em protesto contra «o desrespeito pelos artistas».
Quantos aos Zero 7, o conjunto inglês estreou ao vivo as novas faixas de «Yeah Ghost», a editar em Setembro. Mas o desconhecimento do público em relação aos novos temas resultou em flop e a noite terminou bem mais calma do que se esperava.
iol