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Suu Kyi novamente condenada na Birmânia

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GF Ouro
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O tribunal anunciou uma pena de três anos de prisão com trabalhos forçados mas, após uma suspensão da audiência por cinco minutos, o ministro do Interior birmanês, general Maung Oo, entrou na sala para anunciar que o chefe da junta militar, Than Shwe, decidira reduzir a pena para 18 meses de prisão domiciliária.

A líder da oposição birmanesa e prémio Nobel da Paz foi considerada culpada por ter violado as condições da pena de prisão domiciliária que cumpria ao ter deixado entrar em sua casa e pernoitar durante dois dias um cidadão norte-americano que lhe batera à porta, em Maio, depois de ter atravessado a nado um lago.

O tribunal condenou esse norte-americano, John Yettaw, de 54 anos, a um total de sete anos de prisão, incluindo quatro de trabalhos forçados - três anos por ter infringido as leis securitárias, outros três anos por violação das leis da imigração e um ano por ter nadado ilegalmente num lago municipal de Rangum.

Duas damas de companhia de Aung San Suu Kyi, acusadas de cumplicidade, foram igualmente condenadas a 18 meses de prisão domiciliária.

Segundo o ministro do Interior, o chefe da junta militar, Than Shwe, comutou a pena da líder da oposição para "manter a paz e a tranquilidade" e por Suu Kyi ser filha de Aung San, um herói nacional a quem o país deve a sua independência da Grã-Bretanha.

O julgamento, que decorreu na prisão de Insein, no norte de Rangum, suscitou a condenação da comunidade internacional e apelos para a sua libertação e a de mais dois mil presos políticos.

O chefe da diplomacia malaia apelou para a realização urgente de uma reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). "Devemos convocar uma reunião urgente dos ministros dos Negócios Estrangeiros para debater esta questão, que suscita uma grande inquietação", declarou Anifah Aman.

Também a presidência sueca da União Europeia (UE) denunciou a condenação da opositora birmanesa. Em comunicado, apelou para a libertação "imediata" e "sem condições" de Suu Kyi e anuncia a imposição de "novas medidas específicas" contra os dirigentes birmaneses responsáveis pelo veredicto.

jn
 

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Sarkozy qualifica condenação de Suu Kyi de «brutal»

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu hoje «novas sanções» da comunidade internacional contra o regime de Myanmar pela condenação «brutal e injusta» imposta à líder do movimento opositor desse país, Aung San Suu Kyi.
A opositora e vencedora do Nobel da Paz em 1991 foi declarada hoje culpada e condenada a três anos de trabalhos forçados por um tribunal especial por violar os termos da prisão domiciliária.

Sarkozy condenou o veredicto em comunicado, no qual adverte as autoridades birmanesas que, com a sentença, confirmam a sua decisão de «ignorar as mensagens» da comunidade internacional.

Por isso, pede à União Europeia (UE) que adopte novas sanções contra o regime militar birmanês e refere que essas medidas devem afectar os recursos no campo da exploração de madeira e minerais.

A Presidência da UE, neste semestre ocupada pela Suécia, já anunciou que «reforçará» as sanções sobre Myanmar, embora não tenha especificado quais.
 

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14 prémios Nobel da Paz escrevem à ONU

Catorze antigos prémios Nobel da Paz escreveram uma carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) a pedir que investigue os «crimes contra a Humanidade» em Myanmar, no dia em que a sua «irmã», Aung San Suu Kyi, foi condenada a 18 meses de prisão domiciliária por ter acolhido um norte-americano em casa.

Recorde-se que a líder da oposição de Myanmar foi distinguida com o Nobel da Paz em 1991 mas já na altura não pode receber o prémio por se encontrar detida.

«Hoje, quando assistimos a uma nova injustiça grosseira cometida pelo regime de Myanmar, apelamos aos membros do Conselho de Segurança da ONU para que criem uma comissão de inquérito sobre os crimes contra a Humanidade em Myanmar», referem os 14 laureados.

«É essencial que o regime seja responsabilizado pelos seus crimes e que a extensão da sua brutalidade seja alvo de um inquérito. Pensamos ser tempo de pôr fim à impunidade dos crimes da junta militar», vaticinaram.

Os subscritores denunciam aquilo que classificam como «acusações fabricadas» para manterem Suu Kyi afastada das eleições do próximo ano.

Os subscritores do documento são Mairead Maguire, Betty Williams, Rigoberta Menchu, Jody Williams, Shirin Ebadi, José Ramos-Horta, Dalai Lama, Mikhail Gorbatchev, Wangari Maathai, John Hume, Kim Dae-jung, Adolfo Perez Esquivel, Desmond Tutu e Elie Wiesel.

Entretanto, as Nações Unidas anunciaram que o conselho de segurança vai reunir-se para analisar a decisão judicial contra Suu Kyi.
tvi24
 
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