• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Guardas prisionais regressam à greve

Amorte

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Mai 27, 2007
Mensagens
7,461
Gostos Recebidos
0
O Sindicato Nacional do Corpo de Guardas Prisionais vai voltar a fazer greve e agendou oito dias de paragem, na primeira quinzena de Setembro. Ontem, quarta-feira, os guardas fizeram uma vígilia em frente ao Ministério da Justiça.

Dois homens mascarados, um de guarda prisional, outro de presidiário, ligados por um par de algemas, estão defronte ao Ministério da Justiça. O guarda prisional segura uma placa que diz a sua idade: 65 anos. O presidiário uma outra com a inscrição: "Não se preocupe que eu não fujo. Respeito a sua idade".

A caricatura fez sorrir os transeuntes que passavam em plena Praça do Comércio, em Lisboa, mas os sorrisos esmoreciam nos lábios dos guardas prisionais que, ontem, realizaram uma vigília em frente ao Ministério da Justiça, em protesto contra as condições de trabalho, que consideram ser "desadequadas", e para mostrarem "indignação, desmotivação e revolta" em relação às políticas do Governo. Enquanto decorria a vigília, Jorge Alves, presidente do SNSGP, reuniu-se no ministério - Alberto Costa não estava presente, por se encontrar de férias - com representantes dos gabinetes dos ministros da Justiça e do ministro das Finanças e da Caixa Geral de Aposentações. No final, manifestou-se desiludido com o encontro e anunciou uma nova greve, que será a terceira convocada este ano pelo sindicato.

"Limitaram esta reunião apenas à questão da aposentação. Mas os guardas prisionais têm muitas mais reivindicações a fazer", salientou, aludindo a uma das contestações que se prende com a equiparação dos guardas prisionais à PSP quanto à idade da pré-aposentação e aposentação (65 anos), num decreto-lei aprovado na semana passada em Conselho de Ministros.

Como tal, avançou que a greve, que estava prevista, vai mesmo ser agendada para a primeira quinzena de Setembro. "Uma greve pelas questões remuneratórias e de estatuto e pelas condições de trabalho precárias no desempenho das funções", adiantou, dando o exemplo que os guardas prisionais são obrigados a permanecer seis horas seguidas no mesmo local de trabalho. "Nas torres de vigia não há guardas de substituição. O Governo erradicou o balde higiénico, mas agora existe o saco higiénico, pois os guardas não podem sair, sequer, do posto de trabalho para fazer as suas necessidades fisiológicas", acusou.

Para além disso, Jorge Alves esclareceu que as condições nas prisões portuguesas "continuam a ser bastante más", uma vez "não existirem instalações adequadas para garantir uma segurança eficaz. A assistência na saúde é outra das reivindicações, depois de terem sido eliminados parte dos apoios aos familiares, bem como o plano de contigência para a Gripe A, que "tarda" em ser activado
jn
 
Topo