A candidata do PS à Câmara do Porto, Elisa Ferreira, contestou ontem, quarta-feira, a eficácia da política do presidente social-democrata Rui Rio de demolição de bairros associados ao tráfico de droga.
"Não podemos confundir o combate à droga com arrasar casas. Tratar a questão da droga através da destruição de equipamento construído, como se fez no São João de Deus e se quer fazer no Aleixo, é tratar um problema ao lado", declarou.
A candidata considerou que o tráfico de droga e outros crimes praticados em alguns bairros ou a partir deles são "sobretudo uma consequência da desinserção das pessoas em relação à sociedade".
"Temos desemprego massivo e tanta gente excluída da escola e da formação. Enquanto não atacarmos esse problema e não trouxermos emprego para dentro da cidade, vamos ter essa tendência permanente", advertiu.
Elisa Ferreira defendeu a continuação do programa de reabilitação dos bairros, "que o Governo tem vindo a financiar", mas sem descurar o interior das habitações e a envolvente. Contestou, por outro lado, que os locatários de muitas casas reabilitadas tenham enfrentado aumentos de rendas "tão grandes que as pessoas ficaram numa situação dramática e, às vezes, têm de optar entre pagar a renda e pagar os medicamentos".
Elisa Ferreira referiu igualmente situações "gravíssimas" de famílias que estão em sobrelotação, "com as casas vazias e fechadas ao lado".
Numa alusão às "ilhas" - equivalente portuense aos pátios alfacinhas - disse que persistem "mais de mil" aglomerados desse tipo no Porto, "onde continuam a viver pessoas numa carência assustadora, porque não encontram lugar noutro sítio da cidade, nem nas casas vazias e fechadas".
jn
"Não podemos confundir o combate à droga com arrasar casas. Tratar a questão da droga através da destruição de equipamento construído, como se fez no São João de Deus e se quer fazer no Aleixo, é tratar um problema ao lado", declarou.
A candidata considerou que o tráfico de droga e outros crimes praticados em alguns bairros ou a partir deles são "sobretudo uma consequência da desinserção das pessoas em relação à sociedade".
"Temos desemprego massivo e tanta gente excluída da escola e da formação. Enquanto não atacarmos esse problema e não trouxermos emprego para dentro da cidade, vamos ter essa tendência permanente", advertiu.
Elisa Ferreira defendeu a continuação do programa de reabilitação dos bairros, "que o Governo tem vindo a financiar", mas sem descurar o interior das habitações e a envolvente. Contestou, por outro lado, que os locatários de muitas casas reabilitadas tenham enfrentado aumentos de rendas "tão grandes que as pessoas ficaram numa situação dramática e, às vezes, têm de optar entre pagar a renda e pagar os medicamentos".
Elisa Ferreira referiu igualmente situações "gravíssimas" de famílias que estão em sobrelotação, "com as casas vazias e fechadas ao lado".
Numa alusão às "ilhas" - equivalente portuense aos pátios alfacinhas - disse que persistem "mais de mil" aglomerados desse tipo no Porto, "onde continuam a viver pessoas numa carência assustadora, porque não encontram lugar noutro sítio da cidade, nem nas casas vazias e fechadas".
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