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Putin não descarta nova guerra contra a Geórgia

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Mai 27, 2007
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A Rússia está pronta a apoiar militarmente a Abcásia "se necessário", declarou ontem, quarta-feira, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, em visita àquele território separatista georgiano, não descartando a hipótese de novo confito.

"A Rússia dá e vai dar um apoio económico e político sistemático, e, se necessário, militar à Abcásia", declarou na sua primeira visita àquela esta região separatista georgiana pró-russa desde que Moscovo reconheceu a sua independência a 26 de Agosto de 2008. "A Rússia vai destacar forças para a Abcásia. Vamos criar um sistema moderno de guardas-fronteiriços. Todas estas medidas representam garantias de segurança suplementares para a Abcásia e a Ossétia do Sul", disse. "Tudo isto custará entre 15 a 16 mil milhões de rublos (cerca de 328 milhões de euros)", precisou.

Putin declarou aos media abcases que não podia excluir novo conflito nesta região do Cáucaso enquanto o presidente georgiano, Mikhail Saakachvili, estivesse no poder. "Nada pode ser excluído tendo em conta os dirigentes georgianos no poder", afirmou. Considerou, no entanto, que qualquer tentativa da Geórgia de recorrer à força contra as regiões secessionistas será neste momento "muito mais difícil".

Putin adiantou que os observadores da ONU ou da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) não poderão patrulhar a região a não ser que aquelas organizações aceitem reconhecer a independência do território. "Na Abcásia, como na Rússia, não somos contra a existência de observadores estrangeiros da ONU e da OSCE, mas é preciso ser realista: os acordos com a Abcásia devem ser concluídos uma vez reconhecida a sua independência", disse.

Putin começou a visita com a deposição de flores no monumento dedicado às vítimas da guerra de 1992-93 entre a Abcásia e o poder central georgiano. "Obrigado pela vossa bravura e tenacidade", disse à assistência, que, por seu turno, agradeceu o apoio russo. Depois deslocou-se a uma maternidade na companhia do "presidente" abcase, Serguei Bagapch. Tinham acabado de nascer dois gémeos que ficarão com os nomes de Vladimir e Dmitri em honra de Putin e do presidente russo, Dmitri Medvedev.

Esta é a primeira visita do chefe do Governo russo desde que, a 26 de Agosto de 2008, Moscovo reconheceu a independência dos territórios separatistas georgianos pró-russos da Abcásia e da Ossétia do Sul, pouco após uma guerra entre a Rússia e a Geórgia pelo controlo da Ossétia do Sul. A visita decorre menos de uma semana depois do primeiro aniversário daquele conflito, numa altura em que está novamente viva a tensão entre Moscovo e Tbilissi.

Há menos de um mês, uma visita do presidente russo, Dmitri Medvedev, à Ossétia do Sul foi criticada pela União Europeia, que a considerou "incompatível" com o princípio de integridade territorial da Geórgia.A viagem de Putin foi criticada em Tbilissi, cujo Governo deu conta de "nova tentativa de desestabilização e de fazer subir a tensão no Cáucaso", denunciando uma "provocação bem conduzida na tradição dos serviços especiais soviéticos".

A Rússia é o único país - com a Nicarágua - a ter reconhecido a independência dos dois territórios georgianos e mantém no local milhares tropas e bases militares.

jn
 
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