• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Despedimentos pesam nos custos do trabalho

Amorte

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Mai 27, 2007
Mensagens
7,461
Gostos Recebidos
0
Os custos do trabalho em Portugal aumentaram 4,7% no segundo trimestre do ano, face a período homólogo. As indemnizações por despedimento e as reduções dos horários de trabalho são factores que contribuíram para o aumento.

De acordo com o relatório ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os custos do trabalho, excluindo a Administração Pública e corrigido dos dias úteis, aumentou 4,7% face ao mesmo período do ano anterior. Um crescimento que representa um aumento de 1,6% face à variação homóloga registada no segundo trimestre de 2008.

O INE explica este aumento com "um crescimento homólogo de 2,8% dos custos médios do trabalho e de um decréscimo homólogo de 1,8% das horas efectivamente trabalhadas".

Estes valores devem ser analisados sob dois aspectos, explicou ao JN o economista, e especialista na área do trabalho, Luís Bento.

No que diz respeito aos custos "devemos ter em conta que foram integrados os valores das indemnizações por despedimentos", e tendo em conta as reestruturações feitas em diversas empresas trata-se de um valor elevado. O economista acrescentou que "provavelmente no próximo relatório este mesmo índice poderá descer quase 50%".

Por outro lado, frisou Luís Bento, é necessário ter em conta "as reduções dos horários de trabalho em diversas empresas, especialmente na indústria transformadora, que foi alvo de maiores reajustamentos".

No entanto, volta-se à questão do trabalho versus produtividade, ou seja, trabalha-se menos, mas os custos são maiores. Um problema que o economista diz ter "mais de 25 anos, quando a produção se baseava em mão-de-obra intensiva e barata e não assente em modelos de gestão baseados na produtividade".

Luís Bento dá como exemplo os países nórdicos, que têm horários menores, mais dinheiro e maior produtividade.

No entanto, acredita que em Portugal também é possível, "desde que se deixe de estar tantas horas nas empresas a cumprir actividades administrativas e burocráticas que em nada contribuem para a produtividade da empresa". Para tal, será necessária "uma grande pressão do mercado para as empresas mudarem. Agora, a maioria nem sabe explicar o que é a cadeia de valor".

jn
 
Topo