• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Salários com menor subida em 5 anos

Amorte

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Mai 27, 2007
Mensagens
7,461
Gostos Recebidos
0
Os trabalhadores recebem, em média, 1072 euros brutos por mês. Em Outubro de 2008 ganhavam mais poder de compra, apesar dos aumentos mais baixos desde a última recessão

Contenção salarial e resultados ambíguos ao nível das disparidades. São as conclusões possíveis a partir dos dados do mais recente Inquérito aos Ganhos, ontem divulgados pelo Gabinente de Estratégia e Planeamento (GEP), do Ministério do Trabalho. A informação refere-se a Outubro de 2008, altura em que o ganho dos trabalhadores revela, em média, um aumento nominal homólogo de 3,66%, o mais baixo desde 2003.

Apesar da contenção das empresas e devido à evolução dos preços, os trabalhadores ganharam mais poder de compra. As contas do GEP apontam para um aumento real de 1,4%, acima do que foi conseguido nos três anos anteriores.


A avaliar pelos dados agora publicados, o ganho médio dos trabalhadores - que inclui prémios, subsídios e pagamento de horas extraordinárias, além do salário base - ronda os 1072 euros brutos por mês. O salário base situa-se nos 894 euros, também antes de contribuições ou impostos.

O estudo refere-se aos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo e não tem em conta os sectores da Agricultura ou a Função Pública. Os resultados foram apurados com base num inquérito a 8 mil estabelecimentos, amostra que pretende ser representativa de 361 mil, explicou ao DN fonte do GEP.

Em Outubro do ano passado, os aumentos homólogos estiveram acima de 5% na categoria de "outros serviços colectivos, pessoais e sociais", que reúne actividades tão diversas como as ligadas ao saneamento, às associações políticas ou religiosas, às produtoras de audioviduais, à rádio ou à televisão. A seguir vêm as indústrias extractivas e transformadoras, com aumentos médios também acima de 5%. No extremo oposto estão as actualizações verificadas nas actividades imobiliárias e serviços às empresas (2,5%) ou nos transportes e comunicações (2,1%).

São dados que ainda não espelham o pleno impacto da crise na economia real. "Este ano espera--se que os aumentos continuem moderados e possam até ser mais baixos", afirma Rui Constantino, economista do Santander. "Os aumentos reais podem até beneficiar da queda da inflação, mas esse é um fenómeno transitório, porque a inflação vai reacelarar no próximo ano", afirma. Já a tendência de contenção deverá manter-se.

Com um ganho bruto de 791 euros, os operários recebiam em Outubro do ano passado 24,09% do que recebiam os dirigentes. O grau de disparidade agravou-se no espaço de um semestre, mas registou um ligeiro recuou em termos homólogos (ver gráfico). É, ainda assim, uma das proporções mais baixas dos últimos cinco anos. Os dados sugerem, por isso, uma tendência de subida a médio prazo.

As diferenças entre homens e mulheres, pelo contrário, dão sinais de uma lenta redução. A avaliar pelos dados do GEP, as mulheres ganham, em média, 906 euros brutos por mês, o equivalente a 76% do que ganham os homens, contra os 73,9% registados em Outubro de 2004.

As trabalhadoras continuam mais expostas ao salário mínimo. Em Outubro, a proporção de abrangidas pelo ordenado mínimo subiu para 10,9%, contra 4,8% dos homens, dados que não contemplam a subida no início do ano.

DN
 
Topo