• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Faziam «chavascal» para impedir venda de casas de luxo

Amorte

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Mai 27, 2007
Mensagens
7,461
Gostos Recebidos
0
Construtores civis de todo o país viram «a vida a andar para trás» e amaldiçoaram o dia em que entregaram a chave de um apartamento de luxo a homens que se apresentavam bem vestidos e com um cheque na mão. Os indivíduos eram afinal a «cara» de um esquema que dura desde 2005 e que só nesse ano terá rendido aos criminosos mais de 500 mil euros, apurou o tvi24 junto de fonte policial.

A burla qualificada revelada esta sexta-feira pela Polícia Judiciária em comunicado tinha como objectivo enganar os empresários. No caso concreto, ocorrido em Almada, e que levou à detenção de um casal, por vários crimes de burla, extorsão e detenção de arma proibida, pai e filho apresentaram-se com aspecto endinheirado, com educação e bons modos e em viaturas topo de gama.

Os dois homens mostraram interesse em comprar um dos apartamentos de luxo, com valores entre os 180 mil e os 200 mil euros, pagando desde logo um sinal na ordem dos 60 mil euros. O construtor acedeu e de imediato entregou a chave aos novos inquilinos. Começa então o «pesadelo».

Munidos da chave os dois homens trazem toda a numerosa família para habitar na nova casa e iniciam-se os comportamentos inapropriados. Segundo fonte policial, a família punha as crianças a urinar nos elevadores e hall de entrada, faziam barulho com música, churrascos em áreas comuns e estacionavam os furgões à entrada dos prédios, de modo a que a sua presença fosse notada.

«Sempre que compradores interessados se deslocavam ao local, a família apresentava-se como vizinha, assustando as pessoas e inviabilizando a compra», adiantou a mesma fonte.

Os construtores desesperados por não venderam mais apartamentos desde a chegada destes inquilinos, acabavam por negociar com as famílias, uma vez que estas pediam a quantia do sinal em dobro ou triplo para abandonarem o local. Nos casos, em que os empresários não acediam, as ameaças subiam de tom, tendo os suspeitos feito ameaças com armas de fogo.

No entanto, segundo a PJ, a maior parte dos construtores cedia à extorsão e só em 2005 a burla terá rendido cerca de 500 mil euros. A PJ explica ainda que de momento não é possível determinar em concreto quantos casos existem, mas assegura que esta é uma prática comum em vários pontos do país e que dura, pelo menos, desde 2005. A denúncia de alguns construtores «mais corajosos», pois existia o medo de represálias, permitiu à PJ entrar em campo e deter dois suspeitos que vão agora enfrentar a Justiça.

Fonte da PJ explica que as investigações continuam de forma a produzir prova e permitir por fim às restantes situações.
 
Topo