• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Renovar bairro Padre Cruz vai custar dez milhões

Amorte

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Mai 27, 2007
Mensagens
7,461
Gostos Recebidos
0
A requalificação de 31 fogos, numa fase inicial, faz a população do bairro Padre Cruz, em Lisboa, acreditar na reabilitação ontem, segunda-feira, anunciada por António Costa, em vista ao local. O projecto está orçado em dez milhões de euros.

Elisete Andrade, 63 anos, mora no bairro desde os 15. Como directora da Associação de Moradores do Bairro Padre Cruz, vem dar "voz pelos mais idosos que já não têm força para se queixarem". As condições de acesso e de mobilidade dentro e fora das habitações são o que mais a preocupa. "Há pessoas que querem mudar de casa porque já não conseguem subir ao andar de cima", conta.

Ruas estreitas e sujas com dejectos de animais e pessoas, casas empedradas, onde já ninguém mora, frigoríficos, almofadas e pedras soltas no meio da rua, esgotos entupidos e passeios sem pedra de calçada. Este é o cartão de visita a um dos maiores bairros da Península Ibérica.

Face a este cenário, António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, garantiu que "nesta fase inicial", será dada "prioridade às pessoas mais idosas". "Queremos criar espaços dentro do bairro e realojar aí as pessoas", diz.

Foi, ainda, anunciada a construção de oito novos fogos, de uma residência assistida com capacidade para 60 idosos e de um jardim-de-infância. Paulo Neves, da EPUL, a empresa que encabeçará o projecto anunciou que o investimento inicial rondará os dez milhões de euros, e será financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional em 3,5 milhões.

Por entre os moradores, as críticas maiores vão para a Gebalis (Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa). "Pedimos tinta para pintar as escadas do prédio e não nos deram", contou Henrique Campos, 51 anos, concessionário de um café de 22 metros quadrados, dentro do mercado que funciona a meio-gás. "As coisas são caras e não há concorrência porque pagamos quase 300 euros de renda e às vezes nem 40 fazemos por dia".

"Quero acreditar no projecto. É isso que nos tem movimentado. Mas ainda há pessoas que não querem sair das suas casas", ressalva Elisete Andrade.

Por agora, as obras deverão ter início em Setembro, num projecto com duração prevista para três ou quatro anos.

JN
 
Topo