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PSP julgado por homicídio de mirone

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Agente disparou três vezes a sua arma de serviço e,segundo o Ministério Público, não prestou auxílio à vítima

"Deste-me em tiro". Esta foi a última frase proferida por um homem, momentos antes de sucumbir ao ferimento provocado por um dos três disparos feitos por um agente da PSP de Leiria. O julgamento é em Outubro.

Paulo Soares, 38 anos, a prestar serviço na esquadra da Marinha Grande, está acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de homicídio qualificado e incorre numa pena que pode chegar aos 25 anos.

O crime aconteceu na madrugada de 25 de Abril de 2008. O agente encontrava-se acompanhado de uma mulher no parque de estacionamento da praia das Pedras Negras, S. Pedro de Moel, um local sem qualquer iluminação.

Refere o despacho de acusação, que por volta da 1.50 horas, Fernando Oliveira da Silva, de 53 anos, aproximou-se da viatura, encostou a cara ao vidro do lado do condutor, onde se encontrava o arguido. Após passar pela frente do automóvel, o mirone voltou a encostar o rosto ao vidro da porta do passageiro, onde se encontrava a mulher. "Procurando ver o que se passava no interior, à semelhança do que era usual fazer relativamente a outros veículos estacionados na zona", refere o MP.

Ainda segundo a acusação, Paulo Soares protestou "em voz exaltada", gritando: "O que está aqui a fazer.... sai daqui". Acto contínuo abriu a porta do seu lado e saiu "munido da pistola, calibre 7.35mm, com carregador para sete munições" que "lhe estava atribuída para uso exclusivo no exercício das funções como polícia", que "não exercia no momento".

O agente contornou o carro e disparou três vezes, em movimento. Um dos projécteis atingiu a vítima na base da face. Depois, o agente regressou ao carro e arrancou, passando junto à vítima, e saiu do parque. Fernando ainda se conseguiu deslocar-se, mas acabou por cair num estrado junto a um café, "esvaindo-se em sangue".

O polícia ainda regressou ao parque e até falou com a vítima, mas abandonou o local, dirigindo-se para S. Pedro de Moel. Próximo do posto da GNR, pelas 2.14 horas avisou o INEM. Os bombeiros da Marinha Grande chegaram ao local por volta das 2.27 horas e Fernando Oliveira viria a morrer por volta das 2.58 horas, refere a acusação.

A vítima tinha 53 anos, era casado, tinha dois filhos menores e residia na Marinha Grande. Todos os conheciam pela sua "actividade de mirone", por gostar de observar os casais de namorados que procuram zonas pouco frequentadas.

JN
 
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