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Nova tese sobre a causa da morte Mozart

nuno29

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Wolfgang Amadeus Mozart pode ter morrido em consequência das complicações provocadas por uma inflamação na garganta de carácter epidémico. Esta é a principal hipótese do estudo dos investigadores Richard Zegers, Andreas Weigl e Andrew Steptoe divulgado pelo Annals of Internal Medicine.

Intitulado «The Death of Wolfgang Amadeus Mozart: An Epidemiologic Perspective», este estudo enquadra a morte do compositor austríaco no contexto da Viena de 1791, onde morreu aos 35 anos (nasceu em Salzburgo em 1956).

A certidão de óbito de Mozart registou que a causa da morte do músico foi a febre Frieselfieber, mas, desde então, tem-se especulado desde a sífilis à febre reumática passando pela insuficiência renal ou pela triquinose (doença parasitária causada pela ingestão de comida crua ou carne de porco pouco cozinhada).

Muitos dos testemunhos sobre a morte de Mozart só foram escritos décadas depois e os relatos de quem acompanhou o seu estado durante vários dias e de quem o viu nas últimas horas não coincidem muitas vezes nos sintomas descritos.

Neste seu estudo, os três investigadores sumarizam que «a fase final da doença de Mozart parece ter sido caracterizada por uma natureza epidémica, de desenvolvimento rápido, de duas semanas de duração, edemas graves, dores de localização imprecisa, febre e urticária, sem dispneia (porque Mozart conseguia cantar partes do «Requiem») e com consciência até duas horas antes da morte». «Ele foi também sangrado pelo menos uma vez», remata esta síntese.

Cruzando os dados da morte do compositor com os registos de óbitos da época, as conclusões do estudo «sugerem que Mozart foi vítima de uma epidemia de inflamação de garganta que foi contraída por muitos cidadãos vienenses no mês de sua morte» [Dezembro], como disse Richard Zegers à agência Reuters.

O investigador da Universidade de Amesterdão acrescentou que «Mozart foi uma das dezenas de pessoas em que a epidemia desenvolveu um tipo de complicação no rim que é mortal». Esta epidemia de inflamação de garganta ou faringite estreptocócica terá provocado uma inflamação no rim conhecida como glomerulonefrite.

A hipótese «escarlatina» também foi equacionada por ser causada pela bactéria estreptocócica, mas a sua probabilidade é menor. A urticária desenvolvida por Mozart apareceu, de acordo com os relatos, na fase final da doença e não no início, como é característico da escarlatina.


iol
 
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