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Homossexuais não podem dar sangue no Santo António

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Os homossexuais estão impedidos de dar sangue no Hospital de Santo António, no Porto. O presidente da Administração do Centro Hospitalar do Porto garante que apenas está a cumprir a directiva do Ministério da Saúde.

Pedro Esteves admite que, tecnicamente, deviam ser avaliados os comportamentos de risco e não a orientação sexual, mas garante que a recusa de doações de homossexuais por parte daquela unidade responde a uma "orientação do Ministério da Saúde, que está a ser revista". No entanto, a ministra Ana Jorge imputa a "responsabilidade" para o serviço de Hematologia do hospital, sublinhando que a orientação sexual do dador não é causa para recusar uma doação de sangue.

"Não é a homossexualidade que é a causa para não poder dar sangue. Em função da segurança de quem precisa de ter sangue, são analisados os comportamentos de risco e não por ser homossexual ou heterossexual. Os heterossexuais também têm comportamentos de risco e essas pessoas não podem dar sangue. No inquérito que é feito e quando se fala com um previsível dador de sangue são analisados os comportamentos de risco", afirmou, ontem, a governante na visita ao Hospital de Santo António, confrontada com a manifestação de um grupo de jovens contra uma atitude que consideram discriminatória.

André Relvas, um dos manifestantes, lamenta que um homem seja automaticamente excluído de dar sangue por ter tido relações sexuais com outro homem e apela à ministra Ana Jorge que altere esta restrição. "Somos discriminados", afirma, certo de que devia questionar-se o potencial dador sobre o comportamento sexual e não sobre a sua orientação. E, no inquérito do Hospital de Santo António, é perguntado, entre outras matérias, aos potenciais dadores se têm vários parceiros sexuais e se frequenta ou exerce prostituição para avaliar comportamentos de risco. No entanto, há também uma questão específica para os homens na alínea 12: "Alguma vez teve relações sexuais com outro homem?". André Relvas afiança que a resposta positiva a essa pergunta leva à rejeição imediata do candidato.

Em comunicado, o Serviço de Hematologia do Hospital de Santo António esclareceu que, para garantir a qualidade do sangue, foi adoptada a "eliminação dos dadores homossexuais masculinos e de heterossexuais com comportamentos de risco", tendo por fundamento os "estudos que revelam um maior risco de transmissão de VIH nestes grupos" e a recomendação do Instituto Português de Sangue. Embora todas as dádivas de sangue sejam testadas para o vírus da sida e outros vírus, existe um "período de janela" (incubação) de um mês em que "não é seguro o resultado negativo do teste", considerando, então, que se justifica "maior rigor na selecção prévia do dador".

jn
 
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