As promotoras de concertos em Portugal estão a enfrentar um período difícil no que respeita aos lucros no final do ano.
De acordo com um artigo publicado no Diário Económico, as duas principais promotoras portuguesas, a Música no Coração e a Everything is New, aliadas à mais pequena In Music We Trust, apresentaram em 2007 prejuízos superiores a 1 milhão de euros. A publicação indica que a crise não se prende apenas com as maiores promotoras, arrastando também as empresas de menor dimensão. Do outro lado da barricada, pelo menos quanto às contas de 2007, ficaram a Ritmos & Blues e a Smog, ambas a apresentarem resultados positivos. Contudo, em 2008, a Smog apresentou um prejuízo de 3,5 mil euros, um valor pequeno se comparado com o que a Everything is New perdeu o ano passado: 518,6 mil euros.
Segundo o Diário Económico, os dados de 2008 indicam que a crise agravou-se e, basta um olhar geral sobre os números de assistência deste ano para prever que 2009 não deve contribuir para o reverter da situação. No que toca a eventos organizados pela Música no Coração, é impossível fugir ao cancelamento dos Depeche Mode no Super Bock Super Rock do Porto, que levou a que cerca de 30 mil pessoas pedissem o reembolso do bilhete. Também os números da assistência deste ano do Sudoeste dão conta da descida da diária do festival para 35 mil pessoas, quando a média do festival era de 40 mil pessoas. Apesar do Optimus Alive estar a crescer em audiência de ano para ano, o ano da Everything is New teve até agora alguns contratempos como, por exemplo, a fraca casa que recebeu a estreia de Kylie Minogue no Pavilhão Atlântico, ou a organização de Paredes de Coura - festival que a promotora organiza em parceria com a Ritmos - sem um patrocinador principal pela primeira vez desde a estreia do evento nos anos 90.
rc