O investidor belga interessado na unidade de produção de carroçarias de autocarro da Marcopolo irá apresentar segunda-feira uma contraproposta ao grupo brasileiro mas aguarda garantias concretas de apoio do estado português, disse hoje à Lusa o advogado de Patrick Jonckheere.
Em declarações à agência Lusa, o advogado Luís Lourenço Matias referiu que Patrick Jonckheere irá continuar em Portugal durante alguns dias para «desenvolver contactos com empresas», acrescentando que as negociações com a Marcopolo, uma das maiores produtoras do mundo de carroçaria de autocarros, estão numa «fase muito inicial».
Em cima da mesa está a compra do activo industrial da Marcopolo-Portugal, 'stocks', a continuidade da produção de autocarros, a conservação da marca por mais alguns meses e a manutenção de cerca de 140 dos actuais 173 trabalhadores, referiu.
O empresário, detinha uma das maiores fábricas de autocarros na Bélgica, a Jonckheere, entretanto adquirida por um grupo holandês, reúne este fim-de-semana com alguns investidores portugueses.
"Segunda-feira iremos dar resposta ao eventual negócio, os pressupostos de Julho são agora diferentes, porque a fábrica está parada há dois meses", declarou o advogado.
A proposta inicial envolvia também investidores portugueses mas as negociações com a Marcopolo acabaram sem acordo, em Julho.
A nova fase de negociações decorrerá com a intermediação do director regional de economia do Centro e do governador civil de Coimbra.
"Se não houver intermediação do Estado, dificilmente haverá negócio", afirmou à Lusa o representante de Patrick Jonckheere, sublinhando que "não basta declaração de intenções, o importante é saber de que forma o Governo pode ajudar a salvaguardar postos de trabalho".
Luís Lourenço Matias afirmou que Patrick Jonckheere está disposto a pagar "um preço justo" por uma empresa que "desde a saída do administrador português, há quatro anos, apresenta resultados negativos", num mercado "muito competitivo e em profunda recessão".
Sem precisar o montante em jogo, o advogado refere que a Marcopolo "nunca disse quanto queria" pela fábrica de Coimbra, que tem um peso de "10,8 por cento no grupo".
Após o fecho das negociações de Julho, referiu, o empresário belga encontrou alternativas em outras zonas de Portugal para produzir autocarros, mas em menor escala, já que a Marcopolo produzia anualmente mais de cem veículos.
Após o plenário de trabalhadores da empresa realizado hoje, os cerca de 180 funcionários afirmaram estar "um pouco resignados" com o fim dos contratos, dia 15, mas na expectativa face às negociações", disse à Lusa Juvenal Sousa, do Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL).
Hoje à tarde, uma comissão sindical reúne com a administração da empresa para tratar das indemnizações a que os trabalhadores têm direito.
Terça-feira, o SINDEL reúne com o presidente da Câmara de Coimbra. Os trabalhadores marcaram também um novo plenário para a próxima sexta-feira, dia 11 de Outubro.
Diário Digital / Lusa
Em declarações à agência Lusa, o advogado Luís Lourenço Matias referiu que Patrick Jonckheere irá continuar em Portugal durante alguns dias para «desenvolver contactos com empresas», acrescentando que as negociações com a Marcopolo, uma das maiores produtoras do mundo de carroçaria de autocarros, estão numa «fase muito inicial».
Em cima da mesa está a compra do activo industrial da Marcopolo-Portugal, 'stocks', a continuidade da produção de autocarros, a conservação da marca por mais alguns meses e a manutenção de cerca de 140 dos actuais 173 trabalhadores, referiu.
O empresário, detinha uma das maiores fábricas de autocarros na Bélgica, a Jonckheere, entretanto adquirida por um grupo holandês, reúne este fim-de-semana com alguns investidores portugueses.
"Segunda-feira iremos dar resposta ao eventual negócio, os pressupostos de Julho são agora diferentes, porque a fábrica está parada há dois meses", declarou o advogado.
A proposta inicial envolvia também investidores portugueses mas as negociações com a Marcopolo acabaram sem acordo, em Julho.
A nova fase de negociações decorrerá com a intermediação do director regional de economia do Centro e do governador civil de Coimbra.
"Se não houver intermediação do Estado, dificilmente haverá negócio", afirmou à Lusa o representante de Patrick Jonckheere, sublinhando que "não basta declaração de intenções, o importante é saber de que forma o Governo pode ajudar a salvaguardar postos de trabalho".
Luís Lourenço Matias afirmou que Patrick Jonckheere está disposto a pagar "um preço justo" por uma empresa que "desde a saída do administrador português, há quatro anos, apresenta resultados negativos", num mercado "muito competitivo e em profunda recessão".
Sem precisar o montante em jogo, o advogado refere que a Marcopolo "nunca disse quanto queria" pela fábrica de Coimbra, que tem um peso de "10,8 por cento no grupo".
Após o fecho das negociações de Julho, referiu, o empresário belga encontrou alternativas em outras zonas de Portugal para produzir autocarros, mas em menor escala, já que a Marcopolo produzia anualmente mais de cem veículos.
Após o plenário de trabalhadores da empresa realizado hoje, os cerca de 180 funcionários afirmaram estar "um pouco resignados" com o fim dos contratos, dia 15, mas na expectativa face às negociações", disse à Lusa Juvenal Sousa, do Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL).
Hoje à tarde, uma comissão sindical reúne com a administração da empresa para tratar das indemnizações a que os trabalhadores têm direito.
Terça-feira, o SINDEL reúne com o presidente da Câmara de Coimbra. Os trabalhadores marcaram também um novo plenário para a próxima sexta-feira, dia 11 de Outubro.
Diário Digital / Lusa