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Santarém: Motorista diz que agente da PSP tentou alvejá-lo

Amorte

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Mai 27, 2007
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A primeira testemunha a depor no julgamento do agente da PSP acusado de ter morto a mulher, dentro das instalações da APPACDM do Vale de Santarém, há quase um ano, disse ter sido ele próprio alvo de tentativa de homicídio.

Referindo-se ao dia em que Amélia foi baleada, 29 de Setembro de 2008, Gonçalo N., motorista da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), relatou que ele próprio e a auxiliar que com ele se encontrava na carrinha de transporte de utentes foram alvo de vários disparos feitos pelo arguido, dois dos quais penetraram no veículo.

Segundo o seu relato, pouco depois de deixar Amélia e o filho no local onde os funcionários picam o ponto, seguiu com a outra funcionária, Fernanda, para a carrinha, quando, já no interior do veículo, ouviram dois gritos, o segundo interrompido pelo som de dois disparos.

Quando se dirigiram para o local, Joaquim, que caminhava com o filho seguro pela mão, largou a criança quando os viu e sacou da arma, o que levou Gonçalo a fazer inversão de marcha, penetrando dois dos disparos pelo vidro traseiro da viatura, disse.
A testemunha frisou que o arguido sabia e conhecia quem se encontrava no interior da carrinha, confirmando que já anteriormente tinha sido alvo de ameaças por parte de Joaquim, tanto telefónicas como num encontro realizado entre os três a 31 de Agosto em casa da vítima.

Gonçalo disse que sabia que corriam “boatos” sobre uma alegada relação amorosa entre si e a vítima, mas negou sempre a existência desse relacionamento, assegurando que os dois se tornaram “bons amigos” desde que soube, em Junho, que Amélia era vítima de violência doméstica.

Joaquim optou por não prestar declarações sobre os factos de que é acusado.

O Ministério Público acusa o agente da PSP dos crimes de violência doméstica agravado, ofensa à integridade física simples, ameaça agravada, detenção de arma proibida, furto qualificado, introdução em local vedado ao público, homicídio qualificado, homicídio qualificado na forma tentada e dano.
O presidente do colectivo de juízes marcou a continuação da audiência para 29 de Setembro.

O arguido encontra-se em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Évora, destinado a reclusos das forças de segurança, desde 30 de Setembro de 2008.

Diário Digital / Lusa
 
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