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Preso por violar sai em liberdade

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Mai 27, 2007
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Carlos, de 21 anos, saiu ontem à tarde do Tribunal de Espinho sorridente e mais uma vez em liberdade, após ter sido ouvido por suspeita de violação, sob ameaça de faca, de uma estudante de 19 anos, na madrugada de sábado na praia da Baía, em Espinho. O pai esperava-o à porta e foram ambos a rir-se pela rua, fumando um cigarro.

O electricista, com antecedentes por roubos e furtos e que já estava obrigado a apresentações semanais às autoridades – que nunca cumpriu – voltou a ser libertado. Agora está obrigado a comparecer todos os dias junto das autoridades da área de residência.

Carlos é acusado de ter escolhido a vítima entre um grupo de três amigas e embebedou-a. Esperou que o álcool fizesse efeito, ofereceu-se para ajudar e levou-a para a praia para apanhar ar.
Em segundos, o violador ter-se-á tornado violento. Com uma faca ameaçou a jovem estudante, rasgou-lhe toda a roupa e violou-a.

Acabou por ser detido pela PJ do Porto, após a Divisão de Trânsito da PSP de Espinho o ter interceptado, sem desconfiar que o suspeito teria acabado de violar a jovem. O electricista tinha sido apanhado numa operação stop de rotina, após abandonar a jovem no areal com a roupa toda rasgada e em estado de choque.

A rapariga apresentou queixa na PSP e os exames a a que foi sujeita confirmaram que tinha sido violada.

DUAS VEZES EM TRIBUNAL

Enquanto a vítima fazia queixa na esquadra, Carlos era detido por conduzir sem habilitação legal e por estar na posse de uma arma branca. Levado ao Tribunal de Instrução Criminal, foi libertado.

Nessa altura já a Polícia Judiciária do Porto investigava a violação de que foi vítima a estudante, mas com poucos dados disponíveis. A jovem, que acabara de conhecer o electricista, apenas conseguiu dar a descrição física do violador e só sabia que se chamava Carlos.

Foi precisamente o nome e o facto de ter sido apanhado com uma faca que levantou as suspeitas aos inspectores da Judiciária, quando receberam a informação da PSP. De imediato, o jovem foi detido em casa e ontem presente, de novo, ao Tribunal de Espinho, de onde saiu ao final da tarde. Abandonou o edifício descontraidamente. À espera tinha alguns familiares que aguardavam a sua libertação.
C/M
 
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