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Escutados na cadeia a planear defesa

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A PJ apanhou, em escutas telefónicas, dois dos principais acusados no caso Noite Branca a combinar na cadeia a manipulação de testemunhos e estratégias de defesa. E investiga o incêndio de ontem em carros da família de testemunha.

As intercepções telefónicas constituem importante prova no julgamento que hoje se inicia no Palácio da Justiça do Porto, sob fortes medidas de segurança que envolvem os próprios magistrados. Em averiguação está o homicídio de Ilídio Correia, a 29 de Novembro de 2007, uma das quatro mortes violentas na noite do Porto.

Aquando daqueles homicídios entre personagens da noite - em especial na morte do empresário Aurélio Palha, a 27 de Agosto de 2007 -, em termos públicos tudo parecia apontar para uma inexplicável passividade e desconhecimento das autoridades sobre o que se passava. Só que a Polícia Judiciária (PJ) já tinha posto sob escuta os principais suspeitos, ligados ao designado grupo da Ribeira, liderados por Bruno "Pidá", e tinha inclusive interceptado os telefones das namoradas dos elementos do gangue.

Algumas das conversas interceptadas e respectivas localizações celulares dos telefones serviram de prova para comprometer pelo homicídio de Ilídio os já então suspeitos de envolvimento na morte de Aurélio Palha.

Quando julgava que estava seguro por ter arranjado telemóvel no estabelecimento prisional anexo à PJ do Porto, Mauro Santos (considerado o "braço-direito" de Bruno Pidá) foi apanhado a planear, através de chamadas e mensagens escritas, a sua defesa no julgamento que hoje tem início no Palácio da Justiça do Porto, com fortes medidas de segurança. Em concreto, contactou com pessoas tendo em vista álibis para as noites dos crimes, chegando inclusive a ameaçar de morte uma testemunha renitente em depor.

A estratégia passava por fazer crer que, na morte de Ilídio, estava em casa de um amigo a jogar "Playstation" e que foi levado por outro à Maia, para dormir na casa da namorada. Além de conversas com o advogado (não transcritas), Mauro encomendou ainda tareias contra membros do gangue de Valbom, preso em Custóias desde Setembro do ano passado, com quem anteriormente estivera envolvido em cena de tiros. Uma das comunicações interceptadas pela PJ consistiu num recado para o líder do grupo, Bruno "Pidá". A ideia era declarar que não se falavam e que "Pidá" até se daria bem com um dos indivíduos que baleou Mauro com oito tiros.

Também "Pidá" teve acesso a telemóvel, quando passou da cadeia de Paços de Ferreira para Custóias.
JN
 
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