A linha de atendimento telefónico SOS Voz Amiga recebeu mais de 2100 chamadas no primeiro semestre deste ano, 12 por cento das quais relacionadas com ideias de suicídio ou morte, e na maioria feitas por mulheres.
Estes dados foram divulgados pelo serviço de atendimento anónimo SOS Voz Amiga - que apoia pessoas com problemas conjugais, de solidão, com dependências ou em risco de pôr fim à vida -, por ocasião do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que se assinala esta quinta-feira.
Os dados estatísticos relativos ao primeiro semestre de 2009 referem que, do total das 2148 chamadas atendidas pelos voluntários que gerem a linha, «142 estavam relacionadas com suicídio, 77 com ideias suicidas e 31 com ideias de morte».
As doenças psicológicas e físicas e as dependências foram, segundo estes dados, o principal motivo que levou os utentes a recorrerem à SOS Voz Amiga (734 chamadas), seguidas das 669 chamadas relacionadas com problemas conjugais, de família e sentimentais ou afectivos, com principal destaque para as relações entre pais e filhos.
As questões pessoais, éticas e morais, o medo e sobretudo a solidão aparecem em terceiro lugar, com um total de 546 chamadas.
As mulheres continuam a ser as que mais recorrem a este serviço de atendimento, tendo telefonado, entre Janeiro e Junho deste ano, um total de 1195 vezes, número quase duas vezes superior ao das chamadas efectuadas pelo sexo masculino (599).
No que diz respeito às idades, a faixa etária entre os 35 e 50 anos continua a ser aquela que mais liga (658 chamadas), seguida das pessoas entre os 50 e 60 anos, que em 316 casos telefonaram para dar conta dos seus medos e angústias.
Por outro lado, a linha SOS Voz Amiga recebeu 307 chamadas de jovens entre os 26 e os 35 anos e 109 de jovens com menos de 25 anos.
Para assinalar o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que este ano decorre sob o tema "A prevenção do suicídio nas diferentes culturas", os voluntários que gerem a linha anunciaram a "realização de uma jornada contínua de 72 horas de atendimento", das 00:00 de quinta-feira até as 24:00 de sexta-feira.
Normalmente, os números da linha (21 354 45 45; 96 352 46 60; 91 280 26 69) estão disponíveis todos os dias do ano, mas apenas das 16:00 às 24:00 devido "à falta de recursos financeiros e humanos", salienta, em comunicado, a SOS Voz Amiga, que afirma "manter vivo o sonho de vir a atender 24 horas por dia".
A linha, que já existe há mais de 30 anos, refere a necessidade de ter uma linha telefónica gratuita (até 2008 funcionava das 21:00 às 24h00, sob patrocínio da Portugal Telecom) para poder continuar a destinar uma voz amiga às pessoas em sofrimento, permitindo-lhes "partilhar os seus problemas e angústias anonimamente, e, em muitos casos, prevenir um eventual suicídio".
Diário Digital / Lusa
Estes dados foram divulgados pelo serviço de atendimento anónimo SOS Voz Amiga - que apoia pessoas com problemas conjugais, de solidão, com dependências ou em risco de pôr fim à vida -, por ocasião do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que se assinala esta quinta-feira.
Os dados estatísticos relativos ao primeiro semestre de 2009 referem que, do total das 2148 chamadas atendidas pelos voluntários que gerem a linha, «142 estavam relacionadas com suicídio, 77 com ideias suicidas e 31 com ideias de morte».
As doenças psicológicas e físicas e as dependências foram, segundo estes dados, o principal motivo que levou os utentes a recorrerem à SOS Voz Amiga (734 chamadas), seguidas das 669 chamadas relacionadas com problemas conjugais, de família e sentimentais ou afectivos, com principal destaque para as relações entre pais e filhos.
As questões pessoais, éticas e morais, o medo e sobretudo a solidão aparecem em terceiro lugar, com um total de 546 chamadas.
As mulheres continuam a ser as que mais recorrem a este serviço de atendimento, tendo telefonado, entre Janeiro e Junho deste ano, um total de 1195 vezes, número quase duas vezes superior ao das chamadas efectuadas pelo sexo masculino (599).
No que diz respeito às idades, a faixa etária entre os 35 e 50 anos continua a ser aquela que mais liga (658 chamadas), seguida das pessoas entre os 50 e 60 anos, que em 316 casos telefonaram para dar conta dos seus medos e angústias.
Por outro lado, a linha SOS Voz Amiga recebeu 307 chamadas de jovens entre os 26 e os 35 anos e 109 de jovens com menos de 25 anos.
Para assinalar o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que este ano decorre sob o tema "A prevenção do suicídio nas diferentes culturas", os voluntários que gerem a linha anunciaram a "realização de uma jornada contínua de 72 horas de atendimento", das 00:00 de quinta-feira até as 24:00 de sexta-feira.
Normalmente, os números da linha (21 354 45 45; 96 352 46 60; 91 280 26 69) estão disponíveis todos os dias do ano, mas apenas das 16:00 às 24:00 devido "à falta de recursos financeiros e humanos", salienta, em comunicado, a SOS Voz Amiga, que afirma "manter vivo o sonho de vir a atender 24 horas por dia".
A linha, que já existe há mais de 30 anos, refere a necessidade de ter uma linha telefónica gratuita (até 2008 funcionava das 21:00 às 24h00, sob patrocínio da Portugal Telecom) para poder continuar a destinar uma voz amiga às pessoas em sofrimento, permitindo-lhes "partilhar os seus problemas e angústias anonimamente, e, em muitos casos, prevenir um eventual suicídio".
Diário Digital / Lusa