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Julgamento de homicídio adiado após agressão a arguido

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A primeira sessão do julgamento do homicídio de Nélio Marques, filho do antigo internacional do Benfica Nelinho, foi hoje adiada para 30 de Setembro, depois de o arguido ter sido agredido à porta do tribunal.

«Acabei de ser informada pelo Dr.João Nabais (advogado) que o arguido foi violentamente agredido e tem de receber tratamento hospitalar», anunciou a juíza Clarice Gonçalves, justificando assim o adiamento da sessão, uma vez que o autor confesso do crime, Gonçalo Nunes Cardoso, não abdicou do direito de prestar declarações.

À porta do tribunal encontravam-se familiares e amigos da vítima, que se revoltaram ao ver chegar o arguido e o advogado, João Nabais.

Um amigo da vítima, que foi imediatamente perseguido por agentes da PSP e identificado, confessou depois aos jornalistas que agiu "numa base de nervos" ao ver chegar o arguido e o advogado "a rirem-se", embora não tenha especificado em concreto o que fez.

A juíza considerou a situação "completamente inacreditável" e avisou que na próxima sessão haverá um cordão policial à porta do tribunal. O público poderá assistir, mas "basta uma palavra para ir imediatamente para a rua".
Os ânimos exaltaram-se entre a família e, além dos gritos de "assassino" proferidos na rua, houve também protestos contra a justiça dentro do tribunal quando a juíza anunciou o adiamento.

Dirigindo-se aos familiares dentro da sala de audiência, a juíza declarou: "Estamos aqui para julgar uma pessoa que fez o que fez e todos sabemos, mas tem de ser julgada. Ninguém faz justiça pelas próprias mãos".

À saída do tribunal, o advogado da família de Nélio Marques, José António Barreiros, apenas disse aos jornalistas que havia aconselhado as pessoas a manterem a calma, "em virtude do estado emocional em que se encontram".

O mesmo apelo havia sido feito pelo pai da vítima, segundo o qual foi uma provocação inaceitável o arguido e o advogado passarem pela família "a rir".

"A minha mulher teve aqui um ataque. Além da morte do meu filho, foi dos piores dias da minha vida vê-los a rir à nossa frente", disse aos jornalistas à porta do tribunal.
João Nabais optou por não abandonar o tribunal pela porta da frente, onde se mantinha cerca de meia centena de familiares e amigos.

Nélio Marques morreu em 2005, vítima de três tiros disparados na sequência de uma rixa de trânsito junto a um posto de abastecimento de combustível.

O arguido ficou a aguardar julgamento com pulseira electrónica e posteriormente em liberdade.

Diário Digital / Lusa
 
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