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“Avião caiu a pique”

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Castro Verde: Queda de aeronave mata três
“Avião caiu a pique”

O avião fez uma série de piruetas no ar e depois caiu a pique." É desta forma que a testemunha Manuel Pereira descreve o trágico acidente de uma aeronave em Castro Verde – o 11º desde o início do ano em Portugal e o terceiro num mês no Alentejo. Da queda, supostamente provocada por uma avaria mecânica, resultaram três mortos: o piloto e instrutor da Academia Aeronáutica de Évora, Javier Terron, espanhol de 25 anos e residente em Medina (Sevilha); e dois alunos de nacionalidade holandesa, Dennis Falize, de 18, e residente em Nijmegem, e Andrew Miller, 21, de Fie-Carelsen Laan.

Manuel estava à porta de um café quando viu o bimotor Seneca-Piper, utilizado pela academia na fase final dos cursos, despenhar-se perto da aldeia de Sete. A GNR foi informada do sinistro pelas 22h10 de anteontem. Mas 40 minutos antes do alerta já o avião tinha desaparecido dos radares. "Ouvimos três estrondos. As pessoas ficaram sobressaltadas e saíram para a rua", disse Jorge Damas, morador de Sete.

Ao chegar ao local, na herdade do Zambujeiro, Jorge deparou-se com os destroços espalhados por dois quilómetros. A violenta queda, que não causou qualquer incêndio, deixou a fuselagem separada de cockpit e motores. "Os corpos estavam separados entre si 15 metros e os destroços espalhados por 54,6 hectares", referiu o comandante da GNR de Almodôvar, tenente Sérgio Rodrigues.

A aeronave tinha partido em treino para Sevilha. Ao final da tarde efectuou uma manobra de aproximação à pista do aeroporto de Faro e depois seguiu em direcção ao aeródromo de Évora. O sinistro está a ser investigado pelos peritos do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves.

OITO MORTOS SÓ ESTE ANO

Desde o início do ano, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) já tinha registado dez quedas de aeronaves em Portugal. A de anteontem, em Castro Verde, é a 11ª e eleva o número de vítimas mortais para oito. Fora destes dados está a queda de uma aeronave portuguesa em Casablanca, a 20 de Julho, que vitimou dois portugueses. Ainda de acordo com os dados do GPIAA, em 2008 registou-se sete acidentes que provocaram apenas uma morte – o tripulante de um bimotor que "presumivelmente terá sofrido uma doença súbita em voo e cuja aeronave desapareceu no mar". Este ano está a ser o mais mortífero para a aviação portuguesa desde 2003, quando morreram 20 pessoas em acidentes aéreos.

"PILOTO NOVO MAS EXPERIENTE"

O director da Academia Aeronáutica de Évora, Ronald Bitter, disse ontem ao CM não ter qualquer informação sobre as causas do acidente. "O piloto é novo [25 anos], mas experiente. Voava desde 2004", referiu o responsável da escola, que registou desde o seu início, em 1999, o primeiro acidente fatal. A academia cancelou todas as actividades previstas para o evento Portugal Airshow, que terá início amanhã no aeródromo de Évora.

OUTROS CASOS

ALCÁCER DO SAL

A 16 de Agosto, em Alcácer do Sal, o empresário Sommer de Andrade, 79 anos, despenhou--se na sua avioneta. Um jovem de 18 anos sobreviveu.

ÉVORA

A 14 de Agosto, em Évora, um bimotor da empresa de pára-quedismo SkyDive embateu numa casa. Piloto e instrutor de saltos tiveram morte imediata.

PONTE DE LIMA

A 12 de Julho, Valentim Pastor, um espanhol de 68 anos despenhou-se no Alto da Vacariça, próximo de Ponte de Lima.

FUNCHAL

A 24 de Maio, no aeroporto do Funchal, na Madeira, uma aeronave de instrução incendiou-se durante a aterragem. O instrutor morreu e um aluno sobreviveu.
 
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