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RoterTeufel
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Fraude: Julgamento iniciou-se ontem no tribunal de Gondomar
“Não interferi nas facturas falsas”
O pai dos irmãos Fernandes, dois dos principais arguidos no megaprocesso das sucatas que ontem começou a ser julgado no Tribunal de Gondomar, acabou por admitir perante o colectivo de juízes a possibilidade de os filhos terem vendido facturas falsas a empresários espanhóis.
Apesar de garantir que "não sabia de nada", afirmou que "nisso das facturas falsas nunca interferi", explicou Afonso Fernandes, o único dos 26 arguidos presentes que falou na primeira sessão do julgamento em que 32 pessoas e 25 empresas são acusados de lesarem o Estado em mais de 105 milhões de euros em IVA.
Ontem, os três arguidos que estão em prisão preventiva não quiseram falar. Entre os acusados está o empresário António Marques Cardoso, a viver no Brasil, e que será julgado num processo autónomo. Ao CM, António Marques admitiu o esquema, afirmando que "só através das facturas falsas se sobrevive neste negócio, vai ser sempre assim."
Ontem, no Tribunal de Gondomar, Afonso Fernandes esclareceu ter fundado a empresa de sucatas, sediada em Palmela, cuja a administração entregou aos filhos há cerca de 15 anos. Paulo e João Carlos Fernandes eram proprietários do fundo imobiliário Valor Alcântara no valor de 7,5 milhões de euros e que segundo a acusação do Ministério Público se destinava a dissimular a origem do dinheiro ganho com a actividade alegadamente ilícita.
Afonso Fernandes afirmou ainda que a maioria dos imóveis de que é proprietário, e que se encontram integrados naquele fundo, foi adquirida "antes de deixar a empresa" aos dois filhos e o objectivo da criação do fundo seria permitir fugir ao pagamento de mais-valias ao Estado quando recebessem a herança.
O julgamento prossegue esta manhã. Estão marcadas sessões para as próximas semanas, todos os dias excepto às sexta-feiras.
PORMENORES
ACUSAÇÃO
57 arguidos respondem por associação criminosa, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
EX-MINISTROS NO FUNDO
O fundo Valor Alcântara foi gerido por uma empresa detida pelos ex-ministros Dias Loureiro, do PSD, e Jorge Coelho, do PS.
105 MILHÕES
O valor dos negócios terá ultrapassado os 759 milhões de euros, correspondendo a um prejuízo de 105 milhões de euros em reembolso irregular de IVA.
“Não interferi nas facturas falsas”
O pai dos irmãos Fernandes, dois dos principais arguidos no megaprocesso das sucatas que ontem começou a ser julgado no Tribunal de Gondomar, acabou por admitir perante o colectivo de juízes a possibilidade de os filhos terem vendido facturas falsas a empresários espanhóis.
Apesar de garantir que "não sabia de nada", afirmou que "nisso das facturas falsas nunca interferi", explicou Afonso Fernandes, o único dos 26 arguidos presentes que falou na primeira sessão do julgamento em que 32 pessoas e 25 empresas são acusados de lesarem o Estado em mais de 105 milhões de euros em IVA.
Ontem, os três arguidos que estão em prisão preventiva não quiseram falar. Entre os acusados está o empresário António Marques Cardoso, a viver no Brasil, e que será julgado num processo autónomo. Ao CM, António Marques admitiu o esquema, afirmando que "só através das facturas falsas se sobrevive neste negócio, vai ser sempre assim."
Ontem, no Tribunal de Gondomar, Afonso Fernandes esclareceu ter fundado a empresa de sucatas, sediada em Palmela, cuja a administração entregou aos filhos há cerca de 15 anos. Paulo e João Carlos Fernandes eram proprietários do fundo imobiliário Valor Alcântara no valor de 7,5 milhões de euros e que segundo a acusação do Ministério Público se destinava a dissimular a origem do dinheiro ganho com a actividade alegadamente ilícita.
Afonso Fernandes afirmou ainda que a maioria dos imóveis de que é proprietário, e que se encontram integrados naquele fundo, foi adquirida "antes de deixar a empresa" aos dois filhos e o objectivo da criação do fundo seria permitir fugir ao pagamento de mais-valias ao Estado quando recebessem a herança.
O julgamento prossegue esta manhã. Estão marcadas sessões para as próximas semanas, todos os dias excepto às sexta-feiras.
PORMENORES
ACUSAÇÃO
57 arguidos respondem por associação criminosa, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
EX-MINISTROS NO FUNDO
O fundo Valor Alcântara foi gerido por uma empresa detida pelos ex-ministros Dias Loureiro, do PSD, e Jorge Coelho, do PS.
105 MILHÕES
O valor dos negócios terá ultrapassado os 759 milhões de euros, correspondendo a um prejuízo de 105 milhões de euros em reembolso irregular de IVA.