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Displasia de desenvolvimento da anca

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O que é e qual a frequência?

Cerca de 1 em cada 100 recém-nascidos tem uma anca instável ou seja uma articulação da anca que se desloca da sua posição normal (luxação ou subluxação), no entanto apenas 1 em cada 800 a 1000 destes bébés terá uma verdadeira luxação da anca.

O momento exacto em que as luxações ocorrem é desconhecido, no entanto elas tendem a surgir frequentemente depois do parto, não sendo geralmente um problema congénito. Por este motivo, actualmente, em vez de luxação congénita da anca utiliza-se mais o termo displasia de desenvolvimento da anca. Existem, contudo, situações em que a luxação faz parte de uma doença neuromuscular, sendo nestes casos uma alteração congénita.

Quais as causas?

As causas da displasia da anca são várias, desde antecedentes familiares semelhantes a uma maior elasticidade generalizada dos ligamentos.

As meninas são atingidas cerca de 9 vezes mais que os meninos e em aproximadamente 60% dos casos são primeiros filhos. Em 30 a 50% dos casos o bebé está em posição pélvica (sentado), com a anca dobrada e com os movimentos limitados, o que favorece a luxação

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito com a realização de testes que provocam a deslocação de uma anca instável ou a redução ("encaixe") de uma anca já deslocada; na prática são aqueles movimentos de abertura das coxas que o pediatra faz ao bebé. Com frequência o médico diz à mãe que o filho tem um clique ou estalido da anca, não sendo estes de uma forma geral uma alteração patológica. Após o período neonatal a avaliação da anca deve continuar e manifestações como limitação ou assimetria na abertura das coxas ou encurtamento de um membro em relação ao outro podem traduzir doença. Por vezes o diagnóstico é feito só mais tarde, quando a criança tem uma forma esquisita de andar manca ou não consegue iniciar a marcha. Para além da clínica, a ecografia, nos bébés mais pequenos e a radiografia da anca, nos mais velhos, pode ajudar o diagnóstico. Em situações mais complicadas podem ser necessários outros exames como a ressonância magnética.

Como tratar?

Relativamente ao tratamento, este deve ser orientado por um ortopedista e deve ser individualizado, dependendo da idade da criança e da gravidade da situação. Muitas vezes quando se detecta uma anca instável ao nascimento é aconselhado, embora controverso, o uso de fraldas duplas ou triplas, que obriga a um posicionamento de normalização da anca. Quando a luxação é diagnosticada, existem alguns tipos de aparelhos de correcção, que deverão ser prescritos pelo ortopedista que segue a criança. Nas mais velhas geralmente a correcção é cirúrgica, sendo necessário um aparelho gessado por algum tempo e os casos são habitualmente mais complexos quanto mais tardio for o diagnóstico.

Qual o prognóstico?

Como complicações pode haver mais tarde alterações da marcha, voltar a haver luxação ou problemas relacionados com a cirurgia como por exemplo infecções. Quando diagnosticada e orientada atempadamente, de uma forma global, a displasia de desenvolvimento da anca tem bom prognóstico.

Dra. Elisa Proença Fernandes

Pediatra



Fonte: Alert Saúde
 
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