• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

GNR mata mulher na casa de banho

  • Criador do tópico RoterTeufel
  • Start date
R

RoterTeufel

Visitante
Castelo Branco: Suicidou-se de seguida com um tiro na cabeça
GNR mata mulher na casa de banho


Helena Preto confidenciou por diversas vezes às amigas que o "ciúme doentio" do marido "só havia de terminar" quando "ele a matasse". Na terça-feira à noite, após mais uma violenta discussão, envolveram-se em agressões e o cabo da GNR João Massa, de 46 anos, matou a mulher, de 42, com três tiros. De seguida disparou sobre a cabeça, acabando por morrer ontem de manhã nos Hospitais da Universidade de Coimbra.

A violência doméstica exercida pelo militar sobre a mulher "começou há muitos anos", mas nas últimas semanas agudizou-se. Na terça-feira, às 20h00, quando chegou a casa, "voltou a acusar a vítima de o trair e de falar com pessoas que não devia", contou um vizinho.

Enquanto o filho mais novo, de 16 anos, estava na sala a ouvir música, com os auscultadores nos ouvidos, João Massa atraiu a mulher à casa de banho e baleou-a com um revólver de uso pessoal. Acertou--lhe no peito, na zona do coração, causando-lhe morte imediata. De seguida, deu um tiro na cabeça, com a mesma arma.

Os vizinhos acorreram à casa, em Lardosa, Castelo Branco, e deram com o menor a gritar junto à mãe e o militar com a cara cheia de sangue. O filho mais velho, de 22 anos, candidato à GNR, estava ausente. Os habitantes de Lardosa, que chamaram de imediato os bombeiros, estão chocados com o crime, apesar de "há muito tempo se suspeitar que pudesse acontecer". "Toda a gente sabia que ele a agredia e tratava muito mal, muitas vezes. No ano passado, na Festa do Feijão, foi o filho mais novo que evitou o pior, porque ele nessa altura já a queria matar", conta Alberto Gonçalves.

Helena Preto estava na festa a expor os seus bordados e outras peças artesanais, e o militar "ficou furioso" por a mulher ter ido a outra barraca pedir que lhe trocassem cinco euros. "Ela confidenciou às amigas que não sabia o que lhe poderia acontecer quando chegasse a casa", lembra um morador.

"ERAM AMBOS EXCELENTES PESSOAS"

Vera Massa, irmã do cabo da GNR, garante que "quer o irmão quer a cunhada eram excelentes pessoas. Tinham problemas, comuns a muitos outros casais, mas nada que fizesse adivinhar uma tragédia destas". Helena Preto era doméstica e fazia bordados e artesanato em casa. A sua amiga Maria da Luz Pinheiro considera que "ela sempre foi um trapo na mão do marido. Não era senhora de falar com as pessoas ou de ir a festas, porque ele dizia que ela o andava a trair". Helena Preto desabafou com a amiga "que um dia o marido a havia de matar". Na aldeia há ainda quem garanta que a vítima tinha uma "louca e cega paixão" pelo militar, apesar de ele a tratar "como uma prisioneira". António Dâmaso, presidente da Junta de Freguesia de Lardosa, confirma que o casal "tinha muitos problemas".

APRESENTAVA QUEIXAS QUE DEPOIS RETIRAVA

A vítima terá apresentado queixas contra o marido por violência doméstica, na GNR de Alcains, que acabou por retirar. "Não se sabe porquê, mas ela desistia das queixas", referiu António Dâmaso, presidente da junta de Lardosa. No entanto, segundo Costa Lima, porta-voz do Comando Geral da GNR, "não há registo de nenhuma denúncia". O cabo João Massa começou a carreira de militar em Lisboa, mas já estava na zona de Castelo Branco há duas décadas. Agora comandava o posto da GNR da Soalheira, no Fundão. Teria uma doença do foro mental e consumiria álcool em excesso.

PORMENORES

FILHO NA ESCOLA

O filho mais velho estuda na Escola da GNR em Portalegre. Ainda chegou a Lardosa a tempo de ver os bombeiros retirar de casa o corpo da mãe.

CASA DA FAMÍLIA

O casal vivia no 1.º andar de uma casa da família de Helena Preto. No segundo andar residia a mãe dela, com quem o militar da GNR não teria boa relação.

FUNERAL

O funeral de Helena Preto realiza-se hoje à tarde para o cemitério de Lardosa.


Fonte Correio da Manhã
 
Topo