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RoterTeufel
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Vila do Conde: Chamas consumiram dois armazéns nas imediações
“Vi labaredas e pessoas a arder” (COM VÍDEO)
"Ouvi um estrondo enorme. Fui a correr e quando cheguei eram labaredas gigantes. Vi duas pessoas a arder”. António Araújo, que mora perto da zona industrial de Vila do Conde, onde ontem uma explosão matou uma pessoa – a vítima é Albino Gomes, 47 anos, da localidade de Gião – e feriu seis, ainda não se tinha refeito do susto. Foi das primeiras pessoas a chegar à Varziela e a deparar-se com um cenário de horror.
A explosão de um camião cisterna, à frente de uma fábrica de resíduos e óleos (Safetykleen Portugal) transformou a zona industrial no que parecia ser um cenário de guerra. “Foi assustador, nunca vi nada assim”, continua Eva Leal, que também vive nas imediações.
A explosão deu-se às 18h40, em frente à fábrica. Estava um homem dentro do camião, mas as causas da tragédia estão por apurar. Poderá ter havido fuga de gás ou estar a decorrer uma trasfega de combustível. O camião explodiu e o condutor acabou por morrer carbonizado. A segunda vítima é um trabalhador que saía da fábrica que fechara momentos antes. “Ouvi a explosão, vim a correr e vi duas funcionárias a chorar e a pedir ajuda, que havia colegas dentro do armazém. Os carros as motos estavam a arder”, recorda Eva Leal.
Arderam também os armazéns da Sóbebé. Tudo indica que não havia nenhum trabalhador no interior dos mesmos, mas todos os cenários estavam em aberto.
PORMENORES
AUTARCA NO LOCAL
Mário de Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde, elogiou o trabalho dos bombeiros, que evitaram a propagação do fogo ao armazém com cerca de 40 toneladas de produtos inflamáveis.
MEIOS DE COMBATE
Mais de 150 bombeiros de quinze corporações da zona do Grande Porto combateram o incêndio com o apoio de 20 viaturas.
MULHER DE VÍTIMA OUVIU EXPLOSÃO
Albino Gomes, 47 anos, saía do pavilhão e estava a conversar com a mulher ao telemóvel quando se deu a explosão. A esposa ouviu tudo, até a chamada cair. Ainda correu para a zona industrial, mas os bombeiros já não a deixaram passar.
O marido trabalhava há quatro semanas na empresa e foi atingido quando saía para regressar a casa, em Gião, Vila do Conde, que comprou há dez dias. A primeira vítima mortal confirmada deixa dois filhos: um de quatro e outro de 11 anos.
FAMÍLIAS NOS HOSPITAIS
Os familiares dos feridos e amigo de outros trabalhadores da zona industrial foram para os hospitais de Pedro Hispano, em Matosinhos, e para o S. João, no Porto, à procura de informações. Durante as primeiras horas viveram momentos de pânico e de desespero, primeiro no local e depois nos hospitais.
Algum dos sete feridos foram primeiro evacuados no helicóptero do INEM para a unidade de Matosinhos, porque tem pista de héliporto, mas, dependendo da gravidade dos ferimentos, foram depois transportados para o Hospital da Prelada, onde funciona a unidade de queimados.
Outros familiares e amigos ficaram no local para tentarem também obter informações. Os moradores da zona foram com crianças para a zona industrial da Varziela ainda os bombeiros estavam a combater o fogo. A GNR teve que montar um perímetro de segurança.
'BOCAS DE INCÊNDIO SECAS'
A explosão seguida de incêndio, registada ontem, veio pôr a nu um problema que segundo os comerciantes daquela zona industrial há muito foi relatado às autoridades competentes. 'As bocas de incêndio estão completamente secas e há muito tempo. É uma vergonha!', dizia revoltado Vítor Andrade, proprietário de um Cash & Carry contíguo ao local da explosão.
'Hoje [ontem] isso dificultou e muito o trabalho dos bombeiros, que tiveram de trazer mais auto-tanques e cheios de água para poder combater as chamas', realçou, com o apoio de outro comerciantes.
EMPRESA: 30 CAMIÕES
A Safetykleen Portugal tem fábricas em Vila do Conde e Palmela. Mais de 30 carros fazem recolha de resíduos em todo o país
CLIENTES: 4 MIL
Entre os cerca de quatro mil clientes estão os grupos Auto Sueco, Auto Industrial, Salvador Caetano, Amorim e SantogalÍD
Correio da manha
“Vi labaredas e pessoas a arder” (COM VÍDEO)
"Ouvi um estrondo enorme. Fui a correr e quando cheguei eram labaredas gigantes. Vi duas pessoas a arder”. António Araújo, que mora perto da zona industrial de Vila do Conde, onde ontem uma explosão matou uma pessoa – a vítima é Albino Gomes, 47 anos, da localidade de Gião – e feriu seis, ainda não se tinha refeito do susto. Foi das primeiras pessoas a chegar à Varziela e a deparar-se com um cenário de horror.
A explosão de um camião cisterna, à frente de uma fábrica de resíduos e óleos (Safetykleen Portugal) transformou a zona industrial no que parecia ser um cenário de guerra. “Foi assustador, nunca vi nada assim”, continua Eva Leal, que também vive nas imediações.
A explosão deu-se às 18h40, em frente à fábrica. Estava um homem dentro do camião, mas as causas da tragédia estão por apurar. Poderá ter havido fuga de gás ou estar a decorrer uma trasfega de combustível. O camião explodiu e o condutor acabou por morrer carbonizado. A segunda vítima é um trabalhador que saía da fábrica que fechara momentos antes. “Ouvi a explosão, vim a correr e vi duas funcionárias a chorar e a pedir ajuda, que havia colegas dentro do armazém. Os carros as motos estavam a arder”, recorda Eva Leal.
Arderam também os armazéns da Sóbebé. Tudo indica que não havia nenhum trabalhador no interior dos mesmos, mas todos os cenários estavam em aberto.
PORMENORES
AUTARCA NO LOCAL
Mário de Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde, elogiou o trabalho dos bombeiros, que evitaram a propagação do fogo ao armazém com cerca de 40 toneladas de produtos inflamáveis.
MEIOS DE COMBATE
Mais de 150 bombeiros de quinze corporações da zona do Grande Porto combateram o incêndio com o apoio de 20 viaturas.
MULHER DE VÍTIMA OUVIU EXPLOSÃO
Albino Gomes, 47 anos, saía do pavilhão e estava a conversar com a mulher ao telemóvel quando se deu a explosão. A esposa ouviu tudo, até a chamada cair. Ainda correu para a zona industrial, mas os bombeiros já não a deixaram passar.
O marido trabalhava há quatro semanas na empresa e foi atingido quando saía para regressar a casa, em Gião, Vila do Conde, que comprou há dez dias. A primeira vítima mortal confirmada deixa dois filhos: um de quatro e outro de 11 anos.
FAMÍLIAS NOS HOSPITAIS
Os familiares dos feridos e amigo de outros trabalhadores da zona industrial foram para os hospitais de Pedro Hispano, em Matosinhos, e para o S. João, no Porto, à procura de informações. Durante as primeiras horas viveram momentos de pânico e de desespero, primeiro no local e depois nos hospitais.
Algum dos sete feridos foram primeiro evacuados no helicóptero do INEM para a unidade de Matosinhos, porque tem pista de héliporto, mas, dependendo da gravidade dos ferimentos, foram depois transportados para o Hospital da Prelada, onde funciona a unidade de queimados.
Outros familiares e amigos ficaram no local para tentarem também obter informações. Os moradores da zona foram com crianças para a zona industrial da Varziela ainda os bombeiros estavam a combater o fogo. A GNR teve que montar um perímetro de segurança.
'BOCAS DE INCÊNDIO SECAS'
A explosão seguida de incêndio, registada ontem, veio pôr a nu um problema que segundo os comerciantes daquela zona industrial há muito foi relatado às autoridades competentes. 'As bocas de incêndio estão completamente secas e há muito tempo. É uma vergonha!', dizia revoltado Vítor Andrade, proprietário de um Cash & Carry contíguo ao local da explosão.
'Hoje [ontem] isso dificultou e muito o trabalho dos bombeiros, que tiveram de trazer mais auto-tanques e cheios de água para poder combater as chamas', realçou, com o apoio de outro comerciantes.
EMPRESA: 30 CAMIÕES
A Safetykleen Portugal tem fábricas em Vila do Conde e Palmela. Mais de 30 carros fazem recolha de resíduos em todo o país
CLIENTES: 4 MIL
Entre os cerca de quatro mil clientes estão os grupos Auto Sueco, Auto Industrial, Salvador Caetano, Amorim e SantogalÍD
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