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Mondim de Basto: Judiciária continua a tentar localizar o suspeito

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RoterTeufel

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Mondim de Basto: Judiciária continua a tentar localizar o suspeito
Homicida em fuga afastado do PS


Um dia depois de assassinar a tiro Maximino Clemente, ex-GNR e marido da candidata do PSD à Junta de Freguesia de Ermelo, António Cunha continuava ontem em fuga. As autoridades mantêm contacto com a família e aguardam que se entregue a qualquer momento. Mesmo assim, continuam a procurá-lo, para o levar a tribunal por homicídio qualificado.

Ontem, o Partido Socialista condenou a atitude de António Cunha e fez saber que vai retirar a lista de candidatura à Junta de Freguesia de Ermelo. No entanto, ao início da tarde, o candidato do PS à Câmara de Mondim de Basto continuava ainda a reafirmar a confiança em António Cunha. "Continuamos a ter o nosso candidato, se depois ele fica ou não a Justiça decidirá. Mas não vamos fazer campanha por ele em respeito à família da vítima", diz ao CM Humberto Cerqueira, o candidato que está à frente na luta pela presidência da Câmara.

A verdade é que os mil votos em disputa na freguesia de Ermelo são fundamentais para Humberto Cerqueira reafirmar a vitória – uma vez que só leva 400 votos de vantagem no total do concelho. Caso os eleitores castiguem o PS pelo homicídio existem fortes possibilidades de o poder em Mondim de Basto passar para as mãos do CDS/PP ou para o PSD. De facto, caso os socialistas tivessem optado por continuar na luta pela freguesia de Ermelo, nada podia impedir António de ser candidato, nem mesmo a prisão.

Ontem, a família de Maximino mostrou-se aliviada por o homicida ter sido excluído da corrida. "As coisas não podiam ser de outra forma. Era um escândalo se um assassino continuasse a poder ser presidente", afirmou Armindo Marques, genro de Maximino. Armindo salientou ainda que tem sido muito doloroso para a família aceitar o que se passou. "É uma dor enorme passar por tudo isto", disse. O funeral de Maximino Clemente realiza-se hoje às 14h30, em Ermelo.

AUTARCA AGREDIDO EM PENAFIEL

Carlos Leão, presidente da Junta de Freguesia de Penafiel, reeleito nas eleições de domingo, foi agredido ontem de madrugada, quando saía de um bar da cidade de Penafiel, por vários homens que seriam apoiantes da lista derrotada do PS.

O homem teve de fugir e procurar ajuda no quartel da GNR. "Fomos festejar a vitória e à saída estavam à nossa espera. Fui agredido e pontapeado, fugi para a GNR e acabei assistido no hospital", recordou ao CM Carlos Leão, eleito pelo PSD.

O presidente da Junta de Penafiel estava na companhia de dois vereadores da Câmara de Penafiel, que também venceram as eleições mas conseguiram escapar às agressões. "Atacaram-me dois apoiantes do candidato à câmara do PS que se dirigiram a mim, nem consegui ver o que estavam a fazer os outros", afirmou a vítima ao CM.

ABANDONOU ARMA E DÓLARES DENTRO DO CARRO

Existem cada vez mais indícios que levam os investigadores da Policia Judiciária a crer que António tinha premeditado o crime. Dentro do Renault Clio cinzento, abandonado pelo candidato do PS no centro da cidade da Régua, estava uma quantia de dinheiro em dólares e libras, bem como a arma do crime. António abandonou ainda o veículo a 50 metros de uma praça de táxis, o que levou a PJ a crer que tenha sido desta forma que fugiu.

A Judiciária já conseguiu localizar a família de António em Mondim de Basto. Os familiares disseram, no entanto, que não sabem onde se encontra o homicida.

PORMENORES

POLÍCIA FOI AVISADA

A GNR estava já alertada para o facto de algo puder vir a correr mal durante o acto eleitoral. No entanto, os militares não conseguiram chegar a tempo de travar o homicida.

EX-MILITAR DA GNR

Maximino foi durante muito tempo militar da GNR no posto de Mondim de Basto. O homem estava reformado há já alguns anos.

CONTRA RECANDIDATURA

O ex-militar não queria que a mulher, Glória, se recandidatasse à presidência da Junta.


Fonte Correio da Manhã
 
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