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Empresário mata ladrão já detido

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RoterTeufel

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Porto de Mós: Administrador da sad da união de leiria e dono da madiver
Empresário mata ladrão já detido


António Bastos, de 56 anos, deu de caras com um dos ladrões e a GNR deteve o suspeito. Cansado de ver a sua firma ser assaltada, o administrador da SAD da União de Leiria virou a caçadeira que empunhava e disparou, causando a morte imediata do assaltante: um seu antigo funcionário cujo irmão foi casado com uma filha do empresário. Um militar da GNR, que levava o suspeito já detido, ficou ferido.


O assaltante, José Luís Bastos, de 41 anos, estava a ser levado para o jipe da GNR quando foi abatido. Pouco antes participara com outros ladrões numa tentativa de furto, na madrugada de ontem, no armazém de materiais de construção Madiver, em Porto de Mós.

O dono da firma “surgiu de forma inesperada com a arma junto dos militares”, explicou a GNR, justificando que “não era expectável que, na presença da autoridade, disparasse contra o detido imobilizado”. O disparo foi efectuado a curta distância, “quase à queima-roupa”, e atingiu a vítima no tronco, de lado.

O chumbo feriu num braço o militar que levava o detido. Outro assaltante terá sido atingido mas conseguiu fugir, deixando um rasto de sangue.

A tentativa de assalto aconteceu pelas 02h00. Foi a essa hora que o vigilante da Madiver se apercebeu da presença de um grupo de ladrões e informou o filho do empresário, que alertou a GNR e o pai. O grupo entrou no armazém pelas traseiras, por um buraco com 30 centímetros, depois de desmontar a cofragem de madeira, em construção, para colocação dos pilares de um muro com três metros.

Segundo António Maria, director comercial da Madiver, foi o quarto assalto à empresa em três semanas. Nos dois primeiros foram furtados materiais de construção e no penúltimo 2300 litros de gasóleo, que foi retirado de sete camiões depois de destruídos os tampões dos depósitos. Desta vez também pretendiam furtar gasóleo mas foram descobertos quando estavam no camião onde o vigilante se encontrava em vigilância.

PORMENORES

MILITAR FERIDO

O militar da GNR que foi atingido com chumbo num dos braços pertence ao posto da Batalha. Foi assistido no Hospital de Santo André, em Leiria, e voltou ao serviço.

MEIOS ENVOLVIDOS

Assim que recebeu o alerta, a GNR enviou para o local patrulhas dos postos de Porto de Mós, Mira de Aire e Batalha e do Destacamento de Trânsito de Leiria.

VÁRIOS ASSALTANTES

A tentativa de roubo foi perpetrada por um grupo de quatro a oito assaltantes, segundo um funcionário da Madiver. A Guarda Republicana não confirma quantos larápios eram.

MATERIAL APREENDIDO

A GNR apreendeu um ligeiro de mercadorias, seis ‘jericans’ e três mangueiras, que terão sido levados pelo grupo de assaltantes para roubar gasóleo. ~

ALEGA QUE O DISPARO FOI ACIDENTAL

António Bastos , que após o disparo foi detido pela GNR, contou a Mário Cruz, seu amigo e um dos administradores da SAD da União de Leiria, que "o tiro foi acidental". Mário Cruz esteve de manhã com o empresário, no posto da GNR de Porto de Mós, a "prestar-lhe solidariedade". "Espero que, dentro dos possíveis, as coisas se possam clarificar e resolver da melhor maneira", adiantou. João Bartolomeu, presidente da SAD unionista, também o visitou. À noite, António Bastos ainda estava a ser interrogado no Tribunal de Porto de Mós.

PERFIL

António Cerejo Bastos, de 56 anos, é casado e tem três filhos. Há mais de 20 anos fundou os armazéns Madiver, que se dedicam à venda de materiais de construção civil e decoração, mantendo-se como administrador, auxiliado nos últimos anos por dois dos filhos. Amante do futebol, é desde há alguns anos um dos administradores da SAD da União Desportiva de Leiria, que tem como presidente João Bartolomeu, seu amigo de longa data.

"NÃO ERA NECESSÁRIO MATÁ-LO, ELE IA PAGAR"

Os familiares de José Luís Bastos ficaram chocados com a sua morte e pela forma como ocorreu. "Não era necessário matá-lo, pois ele já estava preso e ia pagar pelo que fez", contou um dos irmãos, Nélson Bastos, revelando que José Luís era toxicodependente e esteve "várias vezes internado" para se curar do vício, não tendo conseguido.

"Ele não era uma pessoa violenta, nada disso", adiantou o pai, Francisco Silva, frisando que o filho "nunca deu grandes chatices nem fez mal a ninguém". Uma irmã do assaltante, Rita Bastos, que é funcionária da Madiver, confirma que José Luís era "suspeito de furtos" mas nega que tenha estado na cadeia. O funeral de José Luís Bastos será na próxima semana, já que a autópsia está marcada para segunda-feira.

EMPRESA: TODOS A TRABALHAR

Apesar dos incidentes registados durante a madrugada, a firma manteve ontem a laboração normal, com todos os 33 funcionários a ocuparem os seus postos de trabalho

DETENÇÃO: NÃO TINHA ALGEMAS

Os militares da GNR imobilizaram o assaltante sem precisarem de o algemar, já que recorreram a uma técnica policial conhecida por "chave de braço" para impedir a sua fuga

COINCIDÊNCIA: MESMO APELIDO

O assaltante abatido e o homicida têm o mesmo apelido – Bastos – mas não são da mesma família. No entanto, um dos irmãos do assaltante esteve casado com uma das filhas do empresário.


Fonte correio da manhã
 
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