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Entra a rir e apanha 20 anos

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RoterTeufel

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Setúbal: Condenado pelo homicídio do ourives José Correia
Entra a rir e apanha 20 anos


Entrou ontem mais uma vez a rir no Tribunal de Setúbal. Mas duas horas depois saiu calado e cabisbaixo. Edivaldo Rodrigues, 21 anos, acabara de ser condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio, a 20 de Agosto do ano passado, do ourives José Correia.

“Ficou provado que o arguido foi, na companhia de Danilo Filho [o outro suspeito do crime, actualmente em fuga], à ourivesaria Bocage com o intuito de assaltar e, para tal, muniu-se de uma arma de fogo. Ficou provado que foi o arguido quem se dirigiu ao balcão e apontou a arma a José Correia. E não há dúvidas de que foi o arguido quem efectuou dois disparos contra a cabeça da vítima quando esta accionou o alarme”, resumiu a presidente do colectivo de juízes, Paula Sá Couto.

“Previu o resultado da sua acção e quis tirar a vida a José Correia. Só não concretizou o roubo por circunstâncias alheias à sua vontade, no caso a reacção da vítima”, reforçou a juíza-presidente antes de criticar a estratégia usada em tribunal pelo homicida.

“No primeiro interrogatório judicial confessou o crime. E até conduziu a polícia ao prédio devoluto onde tinha escondido a arma. Agora, em julgamento, usou a estratégia clássica de empurrar a culpa para o outro, que não está aqui para se defender. Acredite que a decisão deste tribunal é fundamentada nas primeiras declarações, mais expontâneas e feitas numa altura em que não sabia que iria sozinho a julgamento.”

Condenado a 18 anos pelo homicídio e a dois pela tentativa de roubo, Edivaldo acabou por ver o colectivo determinar o cúmulo jurídico no máximo possível. “Houve um acréscimo penal por não ter assumido o que fez”, disse a juíza, dirigindo-se ao arguido, depois de referir que o comportamento do jovem brasileiro, que se encontrava há três anos e meio em situação ilegal no território nacional, não justificava qualquer atenuante que pudesse diminuir a pena no cúmulo jurídico.

A família de José Correia não vai recorrer da decisão.

PORMENORES

SEM EXPULSÃO

Edivaldo Rodrigues foi ainda condenado a pagar 45 mil euros aos filhos de José Correia e 40 mil à viúva. Fora da condenação ficou a pena acessória de expulsão do País. Ou seja, quando for libertado, terá de ser o SEF a despoletar o mecanismo de saída voluntária do País. Se não o fizer no prazo de 20 dias, poderá ser detido e expulso coercivamente.

IRMÃ EXPULSA DA SALA

Odete Correia, irmã do ourives José Correia, foi expulsa da sala de audiências ainda antes da leitura do acórdão ter início por ter interrompido a sessão anterior.

AMIGOS DESPENDEM-SE

Oito jovens amigos de Edivaldo Rodrigues manifestaram-se ruidosamente quando o homicida saiu do tribunal e entrou na carrinha celular que o aguardava.

MÃE AUSENTE

Ao contrário das outras quatro sessões de julgamento, a mãe de Edivaldo Rodrigues não esteve ontem no Tribunal.


Fonte correio da manhã
 
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