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"FRANCHISE" DA EA REGRESSA EM GRANDE FORMA
Depois de perder a conta às derrotas sofridas nos embates online, é tempo de alinhar ideias e conclusões sobre o mais recente capítulo do "franchise" FIFA, simulador de futebol da Electronic Arts (EA) que discute, em cada ano que passa, o título não oficial de melhor videojogo da categoria.
E antes de mais qualquer coisa, vamos já directos ao assunto que provoca sempre muita discussão: desta vez, o outro pretendente ao título (Pro Evolution Soccer, da Konami) tem razões para estar preocupado. "FIFA 10" é "apenas" o melhor jogo da série desenvolvida pela EA e isso significa também que está agora num patamar de topo.
O capítulo de 2009 já mostrara uma subida da jogabilidade, mas o sucessor surgiu refinado e em grande forma. Há novidades em termos das opções online; o modo manager foi reformulado e a opção Virtual Pro também ganhou trunfos. Mas as diferenças são mais notórias no controlo e no desenvolvimento das jogadas, bem como nas animações e reacções dos "jogadores".
Uma das grandes novidades chama-se "skilled dribling", permite simulações a 360 graus e aproveita muito bem as qualidades diferenciadas dos futebolistas. O sistema não é fácil de dominar, obriga a combinar o "joystick" direito e o 2.º gatilho esquerdo - isto no caso da versão PS3, que ocupa há 4 dias a nossa consola da Sony --, mas oferece momentos de grande nível.
Como é hábito, a quantidade de opções e modos de jogo oferecem horas e horas de acção (até no modo treinador, porque temos 15 (!) épocas pela frente), mas foi nos desafios online que "FIFA 10" mostrou os galões. Desde logo porque a comunidade é imensa - pouco antes da hora do jantar de dia 8 de outubro o servidor registava mais de 80.000 (!) jogadores em acção. Depois, porque há fluidez e raramente surge "netlag". Finalmente porque o ritmo é enorme, havendo naturalmente pontos a receber com as vitórias e assim subir no ranking.
Em Portugal, onde a capa regista a repetição da imagem de Simão Sabrosa, os comentários voltam a estar a cargo de Hélder Conduto. Os textos são pobres e as intervenções surgem, por vezes, desfasadas. Nada que a troca pelo inglês não resolva. Apenas um pormenor que não retira qualquer mérito ao jogo.
Em conclusão, o simulador da Electronic Arts é um daqueles investimentos seguros. Vale 17 na nossa classificação de 0 a 20. E coloca pressão sobre "PES 2010", que vamos ter oportunidade para estrear já no sábado dia 10.
Autor: PAULO RENATO SOARES