• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

“Abusaram de mim porque sabia demais”

R

RoterTeufel

Visitante
Covilhã: Pastor sodomizado por patrões relata 48 horas de sofrimento
“Abusaram de mim porque sabia demais”


"Nunca assediei a patroa. Fui despedido e eles abusaram de mim porque sabia demais sobre ela." É desta forma que Luís Pereira, o pastor de 56 anos sodomizado com uma cenoura pelos patrões, começa o relato das piores 48 horas da sua vida. Nu e ensanguentado, dormiu em palheiros e, sem se aperceber, fez quase 100 quilómetros a pé.

'Fui despedido pela Olga a 12 de Maio, terça-feira. Na quinta-feira o Tó [patrão] ligou-me a pedir para regressar. No sábado apanhei o comboio de Lisboa e, pelas 19h00, estava em Castelo Branco, onde o Tó me esperava. Como era noite, nem me apercebi que não estávamos a ir para Rebelhos [Sabugal]. A dada altura parou para urinar. Quando voltou abriu a porta do meu lado e deu-me dois socos', recorda o pastor. 'Atirou--me para o chão e sentou-se em cima de mim a bater-me. Depois gritou ‘Olga, traz as cordas e a mordaça.' Foi nesta altura que a patroa saiu da parte de trás da carrinha.

Atado e amordaçado, Luís Pereira conta que viu a sua roupa ser 'cortada à navalhada' e só pensou 'na Nossa Senhora de Fátima' quando ouviu o patrão a dizer para a mulher: 'Olga, traz a cenoura.'

Quase inconsciente, foi abandonado na serra, a cinco quilómetros da aldeia mais próxima, Foz do Cobrão. 'Andei até lá e bati às portas a pedir ajuda, mas ninguém me abriu. Acabei por encontrar um palheiro e estendi-me lá, mas não dormi com medo. Só de manhã é que um casal de agricultores se dispôs a ajudar-me com roupa e comida. Só não tinham como me levar a Castelo Branco. Por isso, fui a pé.' Caminhou pelo IC2 até chegar, 'quase noite', à cidade.

'Fui à PSP e disseram que o caso seria da GNR. Andei até ao posto e o praça disse que nada podia fazer por estar sozinho. Fui até Rebelhos, único sítio onde conhecia alguém. Grande parte fiz a pé e dormi outra vez num palheiro, tive a sorte de apanhar duas boleias.'

Chegou à terra onde trabalhara quatro anos pelas 20h30 de segunda-feira e foi ajudado pelos donos de um café, 'por acaso são familiares do Tó e da Olga. Aí, comi e dormi. Deram-me uns sapatos, que os outros já não serviam.' No dia seguinte, 19 de Maio, voltou a casa, no Seixal. Um juiz soltou o casal, detido na última semana pela PJ.


Fonte correio da manhã
 
Topo