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Colégio Militar: Mãe de dois alunos denunciou agressões
MP acusa ex-alunos de abusos
O Ministério Público acusou ontem oito finalistas do Colégio Militar por seis crimes de maus tratos cometidos no interior da instituição no ano lectivo de 2006/2007 e início de 2008. De acordo com a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), na altura em que ocorreram as agressões, os arguidos eram "estudantes do último ano da instituição, graduados e/ou comandantes de companhia ou secção".
O processo iniciou-se a partir de uma denúncia feita pela mãe de dois alunos, que de resto ainda frequentam a instituição, alvos de maus tratos por parte de um graduado. A queixa despoletou novas acusações, o que fez arrancar a investigação de mais casos – até ao momento existiam dois processos de investigação no Ministério Público, e pelo menos um outro já está a ser julgado em tribunal. Contactado pelo CM, o tenente-coronel Hélder Perdigão garantiu que os alunos mais velhos "jamais podem ter uma acção disciplinar sobre os mais novos". O porta-voz do Exército sublinhou que "aos arguidos já fora instaurado um processo disciplinar". Por sua vez, o advogado Garcia Pereira, que representa duas famílias que apresentaram queixa contra o Colégio Militar, soube da acusação pela imprensa. "Acho extraordinário que o MP faça uma acusação pública sem notificar os sujeitos directos, mas fico satisfeito por se terem encontrado indícios para acusar os ex-alunos". De referir que o advogado pondera ainda pedir uma indemnização à instituição, "porque os pais não deixam lá os filhos para serem espancados", justificou.
Recorde-se que no seguimento de várias queixas de violência, no passado mês de Maio foi ordenada uma inspecção dos ministérios da Educação e da Defesa para a investigação de várias denúncias de agressão a alunos do Colégio Militar e do Instituto dos Pupilos do Exército.
A direcção do Colégio Militar já fez saber que os oito arguidos já abandonaram a instituição "há, pelo menos, mais de um ano".
PORMENORES
INQUÉRITO
O despacho final do inquérito, da responsabilidade do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, fez a distinção entre "os castigos com fins educativos inseridos no poder-dever de educação atribuído aos graduados e as situações de crime de maus tratos".
ASSOCIAÇÕES
O CM tentou obter uma reacção junto da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar, mas até ao fecho da edição não foi possível. Já o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Colégio Militar disse não ter conhecimento do caso, remetendo declarações para hoje.
PGR REAGE
São vários os casos de violência apontados ao Colégio Militar protagonizados a alunos mais novos. Sobre a acusação dos ex-alunos, o procurador- -geral da República, Pinto Monteiro, disse "ter sido respeitada a prioridade aos processos de violência escolar".
Fonte Correio da Manhã
MP acusa ex-alunos de abusos
O Ministério Público acusou ontem oito finalistas do Colégio Militar por seis crimes de maus tratos cometidos no interior da instituição no ano lectivo de 2006/2007 e início de 2008. De acordo com a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), na altura em que ocorreram as agressões, os arguidos eram "estudantes do último ano da instituição, graduados e/ou comandantes de companhia ou secção".
O processo iniciou-se a partir de uma denúncia feita pela mãe de dois alunos, que de resto ainda frequentam a instituição, alvos de maus tratos por parte de um graduado. A queixa despoletou novas acusações, o que fez arrancar a investigação de mais casos – até ao momento existiam dois processos de investigação no Ministério Público, e pelo menos um outro já está a ser julgado em tribunal. Contactado pelo CM, o tenente-coronel Hélder Perdigão garantiu que os alunos mais velhos "jamais podem ter uma acção disciplinar sobre os mais novos". O porta-voz do Exército sublinhou que "aos arguidos já fora instaurado um processo disciplinar". Por sua vez, o advogado Garcia Pereira, que representa duas famílias que apresentaram queixa contra o Colégio Militar, soube da acusação pela imprensa. "Acho extraordinário que o MP faça uma acusação pública sem notificar os sujeitos directos, mas fico satisfeito por se terem encontrado indícios para acusar os ex-alunos". De referir que o advogado pondera ainda pedir uma indemnização à instituição, "porque os pais não deixam lá os filhos para serem espancados", justificou.
Recorde-se que no seguimento de várias queixas de violência, no passado mês de Maio foi ordenada uma inspecção dos ministérios da Educação e da Defesa para a investigação de várias denúncias de agressão a alunos do Colégio Militar e do Instituto dos Pupilos do Exército.
A direcção do Colégio Militar já fez saber que os oito arguidos já abandonaram a instituição "há, pelo menos, mais de um ano".
PORMENORES
INQUÉRITO
O despacho final do inquérito, da responsabilidade do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, fez a distinção entre "os castigos com fins educativos inseridos no poder-dever de educação atribuído aos graduados e as situações de crime de maus tratos".
ASSOCIAÇÕES
O CM tentou obter uma reacção junto da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar, mas até ao fecho da edição não foi possível. Já o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Colégio Militar disse não ter conhecimento do caso, remetendo declarações para hoje.
PGR REAGE
São vários os casos de violência apontados ao Colégio Militar protagonizados a alunos mais novos. Sobre a acusação dos ex-alunos, o procurador- -geral da República, Pinto Monteiro, disse "ter sido respeitada a prioridade aos processos de violência escolar".
Fonte Correio da Manhã
