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Idosa encontrada enterrada em obra

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RoterTeufel

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Cantanhede: Mulher de 78 anos estava desaparecida há três anos
Idosa encontrada enterrada em obra


Uma mulher, de 78 anos, foi descoberta enterrada, a um metro e meio de profundidade, numa obra em Cantanhede. Maria Celeste Ventura estava desaparecida há três anos e os seus familiares não hesitam em afirmar que foi assassinada. A PJ de Coimbra não reuniu provas que apontem para a existência de crime, mas continua a investigar as circunstâncias em que aconteceu a morte da idosa.

"Se a minha mãe estava enterrada é porque houve crime. Ela não se enterrava sozinha", afirmou ontem ao CM a filha, Rosa Pereira. O corpo foi encontrado um ano depois do desaparecimento, mas só na semana passada, após a conclusão dos testes de ADN, a família teve a confirmação de quem se tratava.

As ossadas foram descobertas a um quilómetro de casa da idosa, em Fontinha, por um manobrador de uma máquina que abria uma vala para a construção da vedação de um armazém de materiais de construção civil. A PJ foi alertada e o corpo transportado para o Instituto de Medicina Legal, que fez os exames de ADN.

Maria Celeste Ventura foi vista pela última vez às 10h00 do dia 14 de Setembro de 2006, em Fontinha. "Tinha-me pedido para lhe encher um regador com água e desde aí nunca mais a vi", lembra, abalado, o filho Manuel Pereira.

Apesar de a idosa sofrer de Alzheimer, os familiares e vizinhos dizem que nunca antes tinha desaparecido. "Dava a sua volta, ia a casa das vizinhas, mas voltava sempre", refere Rosa Pereira. A família acredita estar perante um crime, mas não encontra motivos para o explicar.

"Para a roubar não foi, porque ela não trazia dinheiro, nem ouro – apenas uns brincos – e não tinha inimigos. Só se ela assistiu a alguma coisa que não era suposto?", pergunta Rosa Pereira.

A irmã, Preciosa Pereira, diz não conseguir perceber o que se passou, mas acredita, tal como outros familiares, que "se ela estava enterrada é porque alguém a enterrou".

BUSCAS FEITAS EM VÁRIAS DIAS SEM RESULTADOS

As buscas realizadas há três anos para tentar encontrar Maria Celeste Ventura prolongaram-se por vários dias. Familiares, amigos e autoridades percorreram toda a zona envolvente da povoação, sem nunca detectarem sinais da idosa. O filho, Manuel Pereira, recorda que a área onde mais tarde o corpo veio a ser encontrado foi alvo de buscas. "O cão da GNR andou aqui duas vezes e não encontrou nada", lembra Manuel Pereira, acrescentando uma possível explicação para esse facto: "Talvez o corpo ainda cá não estivesse." As ossadas foram descobertas numa área agora ocupada por um armazém de materiais de construção civil, no meio de um pinhal. "É o sítio perfeito para praticar um crime", conclui o filho. Há três anos, segundo dizem os familiares, "ainda não existia nada naquele local, era pinhal e mato".

"ISTO É TUDO UM CHOQUE MUITO GRANDE"

A família espera agora ordem do Ministério Público para poder fazer o funeral a Maria Celeste Ventura. "Para mim tudo isto é um choque muito grande", afirma a filha, Rosa Pereira. "Primeiro, foi o desaparecimento e desde há um ano para cá toda esta ansiedade de tentar perceber se era ela ou não", refere, acrescentando: "Só penso o que terá sofrido para morrer." Na aldeia, onde Maria Celeste Ventura era uma pessoa "muito estimada", todos entendem o sofrimento da família. "É terrível, coitadinha daquela pobre, quem sabe lá o que lhe aconteceu?!", questiona a vizinha Maria do Carmo Freire.

PORMENORES

EXAMES DE ADN

A confirmação de que o cadáver encontrado era de Maria Celeste Ventura foi feita através de exames de ADN. Os testes, a que também foi submetida uma das suas filhas, foram realizados no Instituto de Medicina Legal.

DESCOBERTA EM 2007

A idosa desapareceu de casa, em Fontainha, no dia 14 de Setembro de 2006. Um ano depois o corpo foi encontrado no meio de um pinhal, próximo da zona industrial de Febres, a um quilómetro do local onde vivia.


Fonte Correio da Manhã
 
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