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Corte de recomendação para o Wells Fargo desilude bolsas americanas

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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Os principais índices bolsistas dos Estados Unidos inverteram para terreno negativo na última hora de negociação, depois de o analista Dick Bove ter cortado a recomendação do Wells Fargo, o que anulou os ganhos do sector financeiro, que estava a ser impulsionado pelos resultados melhores do que o esperado do Morgan Stanley.

As bolsas tinham aberto em baixa, penalizadas pelas perdas superiores ao previsto da Boeing e pelos receios de que a escalada de sete meses dos mercados accionistas tivesse deixado as acções demasiado caras. No entanto, depois entraram em terreno positivo, sustantadas pelos resultados acima do previsto da Yahoo e do Morgan Stanley, o que renovou a convicção de que a escalada de sete meses dos mercados accionistas é justificada.

O Dow Jones fechou a perder 0,92%, fixando-se abaixo dos 10.000 pontos, ao estabelecer-se nos 9.949,36 pontos. O índice tecnológico Nasdaq fixou-se nos 2.150,73 pontos, com uma desvalorização de 0,59%.

O S&P 500 caiu 0,89%, para 1.081,39 pontos.

O Wells Fargo, US Bancorp e Morgan Stanley apresentaram hoje resultados acima do esperado para o terceiro trimestre, mas lembraram ao mercado que a economia em geral está a debater-se para recuperar, apesar das retomas em Wall Street. Os três bancos referiram que as suas perdas com o crédito malparado continuam elevadas.

Na semana passada, o Bank of America, o JPMorgan e o Citigroup reportaram todos um aumento das perdas com o crédito, numa altura em que os consumidores se debatem para conseguirem pagar as suas contas.

O Wells Fargo, que abriu em baixa, a ser pressionado pelo facto de o seu crédito malparado ter aumentado, conseguiu depois inverter para os ganhos, devido ao anúncio de lucros recorde no terceiro trimestre. No entanto, ao final do dia o analista Dick Bove, da Rochdale Securities, procedeu a um “downgrade” para os títulos do banco, com a recomendação de “vender”, que acabaram por perder mais de 3%. Segundo Bove, os lucros do Wells Fargo foram mais impulsionados pelas comissões sobre hipotecas do que por uma melhoria na tendência de negócio.

Recorde-se que o Wells Fargo faz parte da carteira de acções predilectas do célebre investidor Warren Buffett, através da sua “holding” Berkshire Hathaway.

O Morgan Stanley, que impulsionou a tendência altista da Europa com os seus primeiros lucros num ano, conseguiu não ser contagiado pela tendência negativa dos títulos financeiros, terminando a ganhar perto de 6%, depois de ter chegado a subir mais de 7%.

A Pfizer também cedeu terreno, liderando as perdas dos títulos associados aos cuidados de saúde, segmento que foi o maior perdedor dos 10 grupos industriais que compõem o índice Standard & Poor’s 500.

A Boeing, segunda maior construtora aeronáutica do mundo, não fugiu à tendência de queda, depois de anunciar encargos no valor de 3,5 mil milhões de dólares pelos atrasos no arranque do Dreamliner 787 e do 747-8.

A Ford também ficou no vermelho, depois de a Peugeot – segunda maior fabricante automóvel da Europa – ter apresentado uma queda das suas vendas.

A Wal-Mart caiu perto de 3%, depois de anunciar que prevê uma “dura” época de compras no Natal.

Em contrapartida, a Yahoo subiu 4,2%, depois de divulgar lucros superiores às estimativas. Os resultados da detentora do segundo maior motor de busca dos EUA foram impulsionados pelo aumento dos gastos por parte de alguns anunciantes.

A SanDisk, maior fabricante de cartões de memória flash para máquinas fotográficas digitais e telemóveis, disparou 8% após uma previsão de vendas que excedeu as estimativas dos analistas.

Fonte: Jornal de Negócios
 
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